quarta-feira, 6 de março de 2013

Manual de dificuldades bíblicas- Jonas


JONAS



JONAS 1:1 - O livro de Jonas é uma história real ou é ficção?

PROBLEMA: Os eruditos bíblicos tradicionais sustentaram que o livro de Jonas registra
acontecimentos que de fato ocorreram na história. Entretanto, devido a seu estilo literário e à
narração de surpreendentes aventuras vividas pelo profeta Jonas, muitos eruditos da atualidade
propõem que não se trata de um livro que narra fatos reais, mas sim uma história de ficção com o
propósito de comunicar uma mensagem. Os fatos narrados no livro de Jonas realmente
aconteceram, ou não?
SOLUÇÃO: Há uma boa evidência de que os fatos registrados no livro de Jonas são literais e que
aconteceram na vida desse profeta.
Primeiro, a tendência de negar a historicidade do livro de Jonas provém de um preconceito
contra coisas sobrenaturais. Se é possível acontecer milagres, não há razão alguma para se negar
que o livro de Jonas Seja histórico.
Segundo, Jonas e seu ministério profético são mencionados no livro histórico de 2 Reis
(14:25). Se sua profecia sobrenatural é mencionada num livro histórico, por que rejeitar então o
aspecto histórico de seu livro?
Terceiro, o argumento mais devastador contra a negação da precisão histórica do livro de
Jonas é encontrado em Mateus 12:40. Nessa passagem, Jesus prevê a sua própria morte e
ressurreição, e prove aos incrédulos escribas e fariseus o sinal que eles lhe pediram. O sinal é a
experiência de Jonas. Jesus diz: "Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre
do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra". Se a
história da experiência de Jonas no ventre do grande peixe fosse apenas uma ficção, isso não daria
respaldo profético algum ao que Jesus declarava.
O motivo de Jesus fazer referência a Jonas era que, se eles não acreditavam na história de
Jonas ter estado no ventre do peixe, também não acreditariam na morte, no sepultamento e na
ressurreição de Cristo. Para Jesus, o fato histórico de sua própria morte, sepultamento e ressurreição
tinha a mesma base histórica de Jonas no ventre do peixe. Rejeitar uma seria o mesmo que rejeitar a
outra (cf. Jo 3:12). De igual modo, se cressem numa dessas bases, teriam de crer na outra.
Quarto, Jesus prosseguiu mencionando detalhes históricos significativos. A sua própria
morte, sepultamento e ressurreição era o sinal supremo que atestaria suas reivindicações. Quando
Jonas pregou aos gentios descrentes, eles se arrependeram. Mas achava-se Jesus na presença de seu
próprio povo, do povo de Deus, e assim mesmo eles recusavam-se a crer. Portanto, os homens de
Nínive se levantariam em juízo contra eles, "porque [os de Nínive] se arrependeram com a pregação
de Jonas" (Mt 12:41). Se os eventos do livro de Jonas fossem simplesmente parábolas ou ficção, e
não uma história real, então os homens de Nínive na realidade nunca teriam se arrependido, e seu
juízo sobre os fariseus impenitentes seria injusto e indevido. Por causa do testemunho de Jesus,
podemos ter certeza de que Jonas registra uma história real.
Finalmente, há confirmação arqueológica da existência de um profeta de nome Jonas, cujo
túmulo encontra-se no Norte de Israel. Adicionalmente, foram desenterradas algumas moedas
antigas, com a inscrição de um homem saindo da boca de um peixe.

JONAS 3:3 - O testemunho de Jonas a respeito do tamanho de Nínive é exato e confiável?

PROBLEMA: Quando Jonas chegou à cidade de Nínive, ele observou que a cidade era tão grande,
que foi necessária uma caminhada de três dias para atravessá-la. Entretanto, tal afirmação deve ser
um exagero, uma vez que se argumenta que um homem comum pode caminhar apenas de 80 a 110
quilômetros em três dias. Porém, em toda a história, a não ser nos tempos atuais, não houve registro
de uma cidade com um diâmetro de 100 quilômetros. Não se trata de um erro?
SOLUÇÃO: Tem havido várias propostas para esclarecer essa observação feita por Jonas. Alguns
comentaristas propõem que Jonas estaria referindo-se à circunferência da cidade. Uma cidade com
80 quilômetros de circunferência teria cerca de 25 quilômetros de diâmetro. Tal dimensão é mais
compatível com a população estimada de 600.000 pessoas nessa grande cidade da antigüidade.
Outros comentaristas propõem que Jonas não estava dizendo que levaria três dias para
atravessar a cidade, mas que levaria três dias para percorrê-la passando por todas as ruas e praças da
cidade inteira. Os que sustentam esta posição apontam para o fato de que Jonas foi a Nínive para
proclamar a mensagem de juízo sobre aquele povo. Isso requereria que ele percorresse toda a
cidade, e não que simplesmente a atravessasse de ponta a ponta. Isso está de acordo também com o
que o versículo 4, segundo o qual Jonas entrou na cidade e, no primeiro dia, enquanto caminhava, ia
proclamando a mensagem.

JONAS 3:6 - Por que Jonas se refere ao rei da Assíria apenas como "rei de Nívive"?

PROBLEMA: Eruditos conservadores mantêm a posição de que o livro de Jonas foi escrito pelo
próprio profeta, que de fato viveu os acontecimentos registrados nesse livro. Entretanto, já que o
livro de Jonas foi escrito por um profeta judeu que viveu no tempo do império assírio, por que ele
se referiria ao rei da Assíria simplesmente como o rei de Nínive?
SOLUÇÃO: Todos os antigos registros acerca da história da Assíria testificam que era do
conhecimento geral Nínive ser a capital da Assíria. Só porque Jonas identifica esse rei como o rei de
Nínive, não quer dizer que ele não soubesse que esse homem era o rei do império da Assíria, do
qual Nínive era a capital. Identificar o rei de uma nação como o rei de sua capital não era algo
incomum. E 1 Reis 21:1, Acabe, rei de Israel, é referido como rei de Samaria. Assim, o emprego
desse título por Jonas não foi algo anacrônico, e não constitui base para Uma datação posterior.

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