terça-feira, 5 de março de 2013

Manual de dificuldades bíblicas - Juízes


JUÍZES

JUÍZES 1:20 - Calebe matou os filhos de Enaque ou simplesmente os expulsou?

PROBLEMA: Em Juízes 1:10, os três filhos de Enaque foram "feridos" por Judá. Mas no versículo
20 é dito que eles foram simplesmente expulsos de Hebrom, o que Josué 15:14 também afirma. O
que aconteceu com os filhos de Enaque?
SOLUÇÃO: Há duas posições quanto à resposta a esta questão. Uma delas admite que estas duas
passagens referem-se ao mesmo evento, ao passo que a outra sustenta que elas se referem a dois
acontecimentos distintos.
Mesmo Evento. De acordo com esta posição, os filhos de Judá foram liderados por Calebe.
Assim, uma passagem estaria se referindo aos homens que atuaram e a outra, àquele que foi o líder
daquela ação. Além disso, a palavra hebraica que foi traduzida pelo verbo "expulsar" na realidade
tanto pode significar "pôr para fora" como "destruir". Neste sentido, eles foram expulsos não
somente da terra de Judá, mas também deste mundo.
Eventos Diferentes. De acordo com esta visão, os primeiros capítulos de Juízes não estão
escritos numa ordem cronológica, sendo quase uma repetição, palavra por palavra, do texto de
Josué 15:13-19. Sendo assim, os eventos poderiam ter ocorrido da seguinte maneira: quando Josué
conquistou a terra, os filhos de Enaque foram simplesmente expulsos. Tempos depois das
campanhas iniciais, Judá estabeleceu-se na terra e Calebe e seus homens então os mataram.
Qualquer uma dessas posições resolve a dificuldade.

JUÍZES l:28ss - Os cananeus foram destruídos ou simplesmente subjugados?

PROBLEMA: Josué 10:40 declara: "Assim feriu Josué toda aquela terra... destruiu a tudo o que
tinha fôlego, sem deixar nem sequer um, como ordenara o Senhor Deus de Israel". Mas logo depois,
quando o povo ocupou a terra que tinham conquistado, Juízes 1:28 diz que Israel "sujeitou os
cananeus a trabalhos forçados; e não os expulsou de todo". Mas como isso poderia acontecer, se
eles tinham sido totalmente destruídos?
SOLUÇÃO: Parece evidente que de início Josué conquistou a terra apenas como um todo, mas não
destruiu literalmente todo vestígio dos antigos moradores. Primeiro ele passou por toda a terra e
obteve as maiores vitórias, deixando as batalhas menores para aqueles que mais tarde se apossariam
da região. Assim, a expressão "destruiu tudo o que tinha fôlego" ou é uma figura de linguagem
expressando sua ampla vitória, ou é uma hipérbole com relação ao seu completo sucesso.
Entretanto, mesmo que tal expressão seja entendida mais literalmente, ela se completa com a
frase: "sem deixar nem sequer um" (Js 10:40). Aqui nada se diz com relação aos que fugiram e só
voltaram quando os exércitos de Josué rumaram para o norte, noutras batalhas. Sem dúvida, nesse
ínterim, muitos dos cananeus retornaram e ocuparam suas habitações, e permaneceram como um
espinho na carne do povo de Israel.

JUÍZES 3:20-21 - A Bíblia aprova homicídios?

PROBLEMA: A Bíblia diz que "o Senhor lhes suscitou libertador" (Jz 3:15) para que Israel se
livrasse de seu opressor, o rei Eglom, de Moabe. Então (v.21), relata como esse homem, Eúde,
"estendendo a mão esquerda, puxou o seu punhal do lado direito e lho cravou no ventre" [de
Eglom]. Como o Deus que proíbe o homicídio (Êx 20:13) perdoa um homicídio tão brutal como
esse?
SOLUÇÃO: Este incidente, e outros semelhantes (cf. Jz 4:21), são todos um bom exemplo do
princípio que diz "que nem tudo o que a Bíblia relata é aprovado por ela"(veja a Introdução). Em
primeiro lugar, o texto não diz que Deus aprovou esse ato tão vil. Ele simplesmente conta o que
aconteceu.
Segundo, o fato de que Deus "suscitou" Eúde não justifica tudo o que ele fez. Deus levantou
também Faraó (cf. Rm 9:17), mas o Senhor assim mesmo o julgou por seus pecados (cf. Êx 12).
Terceiro, há muitos pecados contidos na Bíblia que não são aprovados por ela. Entre esses
citam-se a mentira de Abraão (Gn 20), o pecado de Davi com Bate-Seba ( 2Sm 11 ) e a poligamia
de Salomão (1 Rs 11).
Quarto, conquanto os homicídios propriamente dito sejam pecados Deus reserva a si o
direito a vida (Dt.32:39; Jó 1:21). Ele toma a vida de quem quer, porque foi Ele quem a deu, e o faz
por meio de qualquer instrumento a sua escolha, seja natural ou não (veja os comentários de Josué
6:21).

JUÍZES 4:21 - Deus perdoa os homicídios?
(Veja os comentários de Juízes 3:20-21.)

JUÍZES 4:21 - Sísera estava deitado quando Jael o matou, ou estava em pé, como Juizes 5:27
parece indicar?
PROBLEMA: De acordo com Juizes 4:21, Sísera estava deitado, "em profundo sono", quando Jael
se aproximou dele "mansamente e lhe cravou a estaca na fonte, de sorte que penetrou na terra".
Entretanto, Juízes 5:27 parece indicar que Sísera caiu depois de Jael ter atingido a sua cabeça com a
estaca da tenda. Sísera estava deitado ou em pé quando foi morto por Jael?
SOLUÇÃO: A descrição poética de Juizes 5:27 pode ser entendida como descrevendo possíveis
convulsões que ocorreram no corpo de Sísera, depois que ele recebeu o golpe na cabeça. Também, o
termo "caiu" com freqüência é usado com um sentido figurado, para indicar a morte de alguém. Isto
seria bem provável, considerando-se a estrutura poética do capítulo 5. O poema não está
descrevendo literalmente uma queda ao solo, como se Sísera estivesse em pé. Antes, é a forma de
descrever com certa poesia a morte de Sísera. Pela mão dessa mulher inexperiente, o capitão do
exército cananita, Sísera, caiu. Não há contradição, mas apenas diferença entre uma narrativa
histórica acurada, que descreve os fatos de maneira literal, e uma forma poética acurada, que
descreve os eventos de um modo poético.

JUÍZES 5:6ss - Como Jael pode ser louvada por um homicídio tão cruel?

PROBLEMA: A história da morte de Sísera pelas mãos de Jael descreve um assassinato violento e
cruel (Jz 4:21). Entretanto, o cântico de Débora registrado em Juizes 5 louva Jael por ter matado
Sísera. Como pode ela ser louvada por cometer um homicídio assim tão violento?
SOLUCÃO: Primeiro, convém lembrar que Sísera era um poderoso guerreiro. Quando ele foi até a
tenda de Jael, ela não teve como recusar-lhe, a entrada. Embora tenha sido Jael que saiu ao encontro
de Sísera para encorajá-lo a refugiar-se em sua tenda, Juizes 4:17 deixa claro que ele já planejara ir
à tenda de Jael.
Segundo, Sísera era um guerreiro cruel, que vinha oprimindo severamente o povo de Deus.
Se ele tivesse escapado da batalha, com certeza voltaria a fazer crueldades com o povo de Deus. Se
Jael não tivesse agido como agiu, ela estaria sendo conivente com todos os futuros atos de matança
e de opressão desse homem impiedoso para com o povo de Deus.
Terceiro, o compromisso que Jael tinha com o Senhor Deus de Israel determinou a única
coisa que ela poderia fazer naquelas circunstâncias. Os inimigos do Senhor e do seu povo eram
inimigos de Jael. Ela precisava matar Sísera. Ela não conseguiria defrontar-se em combate com tal
guerreiro. Sua ação teria que ser rápida e certeira. Ela não poderia arriscar-se a falhar em seu intento
de matá-lo, ferindo-o apenas. Precisava agir, de forma a matá-lo certa e instantaneamente. Diante
das alternativas, Jael optou pelo bem maior. Para prevenir a matança e a opressão do povo de Deus,
ela matou Sísera.
Quarto, embora não haja na Bíblia nenhuma menção de que Deus honra ou louva Jael pela
maneira como ela matou Sísera, o cântico de Débora certamente a louva por sua ação decidida. Jael
foi um instrumento nas mãos de Deus para trazer juízo sobre esse terrível inimigo de Israel.

JUIZES 11:26 - Por quanto tempo Israel habitou em Hesbom?

PROBLEMA: Este versículo afirma que Israel estava na terra, desde o tempo de Moisés até o
tempo de Samuel, por "trezentos anos". Entretanto, somando-se os tempos de cada um dos juízes,
tem-se um total de cerca de 410 anos.
SOLUÇÃO: A resposta óbvia é que, assim como ocorreu posteriormente com os reis de Israel,
houve períodos que se sobrepuseram. Em outras palavras, enquanto uma parte da terra estava sob a
opressão de um governante estrangeiro, outras partes haviam sido libertadas por um juiz de Israel.
Além disso, era comum um governante reivindicar um ano todo mesmo quando reinara somente
uma parte dele. Dessa forma, o mesmo ano era contado por diferentes juízes.
Ainda, o total de 300 anos entre Josué e Samuel (cerca de 1400 a 1100 a.C.) está de acordo
com outros versículos que consideram um total de 480 anos para o período do êxodo até Salomão (1
Rs 6:1), e com Atos 13:20, que fala de 450 anos entre a conquista da Terra Prometida e a morte de
Salomão (cerca de 1381 a 931 a.C.).

JUÍZES 11:29-40 - Como é que Deus poderia permitir que Jefté oferecesse sua filha em
holocausto?

PROBLEMA: Antes de sair para a batalha contra os filhos de Amom, Jefté fez um voto ao Senhor,
através do qual ele ofereceria a Deus, em holocausto, quem primeiro da porta de sua casa lhe saísse
ao encontro, caso o Senhor lhe concedesse vitória sobre seus inimigos. Quando Jefté retornou, a
primeira pessoa que saiu ao seu encontro foi sua filha, Ele recusou-se a não honrar o voto que havia
feito.
A Bíblia, no entanto, diz com clareza que o sacrifício humano é uma abominação ao Senhor
(Lv 18:21; 20:2-5; Dt 12:31; 18:10). Como é que Deus poderia permitir que Jefté oferecesse sua
filha, e ainda relacionou-o entre os campeões da fé em Hebreus 11:32?
SOLUÇÃO: Muitos têm entendido que Jefté ofereceu a vida de sua filha ao Senhor, dada a
natureza inviolável de um voto feito a Deus (cf. Ec 5:2-6). E mais, observam que um holocausto
envolve o sacrifício de uma vida, e justificam esse procedimento tendo por base que um voto a
Deus tem precedência sobre tudo o mais, até mesmo sobre a vida humana (cf. Gn 22). Deus é
soberano sobre a vida e a toma quando quer (Dt 32:39), como finalmente o faz (Hb 9:27).
Entretanto, por diversas razões, não é necessário admitir que Jefté tenha oferecido um
sacrifício de morte. Primeiro, ele tinha consciência da lei contra o sacrifício humano, e se essa fosse
sua intenção quando fez o voto, um sacrifício humano, ele saberia que isso teria sido uma clamorosa
rejeição da lei de Deus.
Em segundo lugar, o texto não diz ter ele realmente matado sua filha como holocausto. Isto é
apenas inferido por alguns porque ele tinha prometido que quem quer que primeiro saísse de sua
casa seria oferecido ao Senhor "em holocausto" (11:31). Como Paulo mostrou, os seres humanos
devem ser oferecidos a Deus como um "sacrifício vivo" (Rm 12:1), e não como sacrifício de
mortos. É possível que Jefté tenha oferecido sua filha ao Senhor como um sacrifício vivo. Por todo
o resto de sua vida ela serviria ao Senhor na casa do Senhor e permaneceria virgem.
Terceiro, um sacrifício vivo de perpétua virgindade era um sacrifício tremendo no contexto
judaico daqueles dias. Fazendo alguém voto de perpétua castidade, e sendo dedicada ao serviço do
Senhor, ela não poderia jamais ter filhos e assim dar continuidade à linhagem familiar de seu pai.
Jefté agiu com muita honra e grande fé no Senhor, não voltando atrás em relação ao voto que ele
havia feito ao Senhor seu Deus.
Quarto, este modo de ver a questão apóia-se no fato de que quando a filha de Jefté saiu para
chorar por dois meses, ela não saiu para lastimar a sua morte iminente. Não, ela saiu e "chorou a sua
virgindade" (v 38).
Finalmente, se ela tivesse de enfrentar a morte ao fim dos dois meses, teria sido muito
simples para ela casar-se com alguém e viver com essa pessoa durante os dois meses que
antecederiam sua morte. Não havia razão para a filha de Jefté lastimar pela sua virgindade, a menos
que estivesse com a perspectiva de viver toda uma vida nessa condição. Com Jefté não tinha outros
filhos, sua filha não se lamentou acerca de sua virgindade por causa de nenhum desejo sexual
ilícito.

JUÍZES 14:4 - Como Deus pôde usar a lascívia de Sansão por uma filha dos filisteus a fim de
libertar Israel da opressão?

PROBLEMA: Quando Sansão foi a Timna, viu uma mulher dos filisteus com quem quis casar-se.
Embora os pais dele o tivessem advertido a não prosseguir com tal relacionamento, por ser uma
mulher ímpia e pagã, Sansão recusou-se a acatar o conselho. Entretanto, Juizes 14:4 nos mostra que
o desejo de Sansão por aquela mulher provinha de Deus, de forma a poder usá-lo para derrotar os
filisteus. Como entender que Deus usaria os desejos sensuais de Sansão para realizar a libertação de
Israel da opressão dos filisteus?
SOLUÇÃO: Temos de entender que, embora Sansão tivesse sido dedicado por seus pais desde o
nascimento para servir ao Senhor como nazireu, ele não tinha um compromisso integral com o
Senhor. Sansão tornou-se uma pessoa obstinada e egoísta. Ele não era do tipo que se disporia a ir
numa batalha contra os filisteus por razões de ordem espiritual. Conseqüentemente, para fazer com
que ele se dispusesse a enfrentar os filisteus e propiciar assim a libertação de Israel, Deus fez uso
dos interesses pessoais de Sansão para despertar a sua ira contra os filisteus. Às vezes, Deus usa
homens ímpios para realizar seus bons propósitos.

JUÍZES 15:4 - Como Sansão conseguiu capturar trezentas raposas?

PROBLEMA: De acordo com Juizes 15:4, Sansão "tomou trezentas raposas; e, tomando fachos, as
virou cauda com cauda, e lhes atou um facho no meio delas", "pôs fogo aos tições, largou-as na
seara dos filisteus". Mas como poderia ele ter capturado tantas raposas assim?
SOLUÇÃO: E necessário lembrar que Sansão foi dotado de uma força sobrenatural. Embora a
passagem não descreva como é que Sansão foi capaz de capturar tantas raposas, certamente não é
difícil acreditar que alguém que foi capaz de usar uma queixada de jumento para matar "mil
homens" (Jz 15:15) pudesse capturar trezentas raposas sem problema algum.

JUÍZES 16:26-27 - Se o suicídio é um pecado, por que Deus abençoou Sansão por tê-lo
cometido?

PROBLEMA: O suicídio é uma forma de assassinato e Deus disse: "Não matarás" (Êx 20:13). Há
muitos casos de suicídio na Bíblia (veja os comentários de 1 Samuel 31:4) e nenhum deles recebeu
aprovação do Deus. Contudo, Sansão cometeu suicídio com o aparente consentimento do Senhor.
SOLUÇÃO: Sansão não tirou a sua vida; ele sacrificou-se por seu povo, Há uma grande diferença.
Jonas orou: “Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver" (Jn
4:3). Mas Jonas nunca tirou a sua vida. O suicídio é um ato "para si mesmo". O que Sansão fez foi
entregar a sua vida pelos outros - pelo seu povo. O ato de Sansão foi um ato de suicídio tanto
quanto o foi o ato de Cristo, quando este disse: "dou a minha vida" (Jo 10:15), porque "o bom
pastor dá a vida pelas ovelhas" (Jo 10:11). Com efeito, "ninguém tem maior amor do que este: de
dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos" (Jo 15:13).
É claro que nem toda aparente morte "pelos outros" é realmente um ato de amor. Paulo
deixou isso evidente no seu grande capítulo acerca do amor: "e ainda que entregue o meu próprio
corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará" (1 Co 13:3). Até mesmo um
mártir pode morrer sem que haja amor, mas numa obstinada entrega a uma causa centralizada na
sua própria pessoa. Saul optou pela morte, dizendo: "para que porventura não venham estes
incircuncisos, e me traspassem e escarneçam de mim" (1 Sm 31:4). Abimeleque procurou a morte, e
disse a seu escudeiro: "mata-me, para que não se diga de mim: Mulher o matou" (Jz 9:54).
Em contraste, Sansão pediu permissão a Deus para morrer, e orou: "Morra eu com os
filisteus" (Jz 16:30). Deus acedeu ao seu pedido, "e foram mais os que matou na sua morte do que
os que matara na sua vida" (v. 30). Paulo também desejou "ser anátema, separado de Cristo, por
amor de" seus irmãos (Rm 9:3). O soldado que se atira sobre uma granada para salvar a vida de seus
companheiros não está tirando a sua vida, não está se suicidando; ele está dando a sua vida pelos
outros. De igual modo, Cristo não cometeu suicídio, tendo ele vindo para "dar a sua vida em resgate
por muitos" (Mc 10:45).

JUÍZES 18:30- Como entender que este livro foi escrito durante, ou logo após, o período dos
juizes?

PROBLEMA: Os eventos do livro de Juízes cobrem um período de cerca de 1380 a 1050 a.C..
Juízes 18:30 faz referência ao fato de que os filhos de Jônatas foram sacerdotes em Dã "até ao dia
do cativeiro do povo". Entretanto, o cativeiro do povo de Israel aconteceu em 722 a.C. Portanto este
livro, mencionando este evento, não poderia ter sido escrito no tempo dos juizes, nem logo depois.
SOLUÇÃO: A frase "até ao dia do cativeiro do povo" não se refere ao cativeiro da nação de Israel
em 722 a.C. O contexto da passagem indica que o termo "povo" do versículo 30 não é uma
referência à nação inteira de Israel, mas, ao povo de Dã. Conseqüentemente, o cativeiro mencionado
é uma referência a uma derrota fragorosa do povo de Dã diante de algum invasor estrangeiro por
volta de 1000 a.C., e não o cativeiro de 722 a.C.
Segundo, a descrição da repentina destruição do povo de Laís pelos danitas (v. 27) indica
que este mesmo tipo de destruição veio sobre os danitas porque eles "levantaram para si aquela
imagem de escultura" (v. 30). O povo tinha sido advertido em várias ocasiões de que caso
deixassem de servir ao Senhor, Deus faria vir sobre eles todo o mal que ele trouxera sobre os
habitantes que Israel expulsara daquela terra (Dt 4:25ss; 31:1-29; Js 23-24).
Embora as Escrituras não registrem especificamente o que aconteceu em Dã, o contexto
mostra claramente que esta referência trata de uma derrota devastadora sofrida pelo povo de Dã e
sua captura pelo inimigo.

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