quarta-feira, 6 de março de 2013

Manual de dificuldades bíblicas- Isaías


ISAÍAS

ISAÍAS 1:1 - Não foi demonstrado que Isaías na verdade são dois ou mais livros, e que ele não
foi totalmente escrito por um mesmo Isaías no século VIII a.C.?

PROBLEMA: A posição tradicional quanto ao livro de Isaías é que ele foi escrito por Isaías, filho
de Amoz, entre 739 e 681 a.C. Entretanto, críticos da atualidade têm argumentado que Isaías na
verdade é composto pela junção de pelo menos dois livros. O que tem sido chamado de 1 Isaías
engloba os capítulos de 1 a 39; enquanto que 2 Isaías abrange os capítulos de 40 a 66. Este livro é
então a junção de dois ou mais livros, ou trata-se de um único livro, que foi escrito por um
determinado profeta de nome Isaías, que viveu no século VIII a.C.?

SOLUÇÃO: A posição tradicional quanto ao livro de Isaías - de que ele foi uma única obra escrita
pelo profeta Isaías - apóia-se em vários argumentos. Primeiro, a posição crítica que divide Isaías em
dois ou mais livros baseia-se na suposição de que não exista o que se chama de profecia preditiva.
Eruditos da atualidade declaram que as profecias dos capítulos 40 a 55 relativas ao rei Ciro
devem ter sido escritas depois do reinado dele na Pérsia. Esta visão é contrária ao sobrenatural e
procura explicar esses capítulos de Isaías como relato histórico e não como uma profecia preditiva.
Entretanto, como Deus sabe desde o princípio o que por fim vai acontecer (Is 46:10), não é
absolutamente necessário ter-se que negar o elemento sobrenatural nas profecias de Isaías.
Segundo, as diferenças entre as duas partes do livro podem ser explicadas de outras
maneiras que não a teoria de que houve dois autores. Os capítulos 1 a 39 preparam o leitor para as
profecias contidas nos capítulos 40 a 66. Sem esses capítulos preparatórios, a última seção do livro
não faria muito sentido.
Os capítulos de 1 a 35 advertem quanto à ameaça de destruição do povo de Deus
representada pela Assíria. Os capítulos 36 a 39 constituem uma transição da seção anterior para os
capítulos 40 a 66, antevendo a invasão de Senaqueribe (capítulos 36-37) e contemplando o declínio
espiritual do passado, que veio a causar a queda de Jerusalém (capítulos 38-39). Esses quatro
capítulos intermediários não se acham em ordem cronológica porque o autor faz uso deles a fim de
preparar o leitor para o que se segue.
Terceiro, as diferenças nas palavras e no estilo entre as duas seções do livro têm sido usadas
como argumento pelos críticos eruditos para suas declarações de que são pelo menos dois livros
diferentes. Entretanto, essas diferenças não são assim tão grandes como se tem dito, e aquelas que
realmente ocorrem podem ser explicadas como decorrentes do fato de que o assunto e, portanto, a
ênfase são diferentes.
Nenhum autor escreve seguindo exatamente um mesmo estilo nem empregando
precisamente o mesmo vocabulário, quando aborda diferentes assuntos. Entretanto, certas frases são
encontradas nas duas seções, o que atesta a unidade do livro. Por exemplo, o título "o Santo de
Israel" é encontrado doze vezes nos capítulos 1 a 39 e quatorze vezes nos capítulos 40 a 66. A
seguir temos uma ilustração de tais semelhanças:
CAPÍTULOS 1-39 CAPÍTULOS 40-66
1:15 - "...as vossas mãos estão cheias de
sangue."
59:3 - "Porque as vossas mãos estão
contaminadas de sangue."
28:5 - "...será a coroa de glória e o formoso
diadema para os restantes de seu povo."
62:3 - "Serás uma coroa de glória na mão do
Senhor, um diadema real na mão do teu Deus."
35:6 - "...pois águas arrebentarão no deserto, e
ribeiros, no ermo."
41:18 - "...tornarei o deserto em açudes de águas
e a terra seca, em mananciais."
Quarto, em Lucas 4:17 vemos que, ao levantar-se o Senhor para ler na sinagoga, "lhe deram
o livro do profeta Isaías". As pessoas da sinagoga e o próprio Jesus admitiram que este livro era do
profeta Isaías. Outros autores do NT também aceitaram Isaías como o autor do livro todo. João
12:38 afirma que Isaías foi quem fez a declaração que se encontra em Isaías 53:1. Outros exemplos
de passagens do NT que atribuem textos dos capítulos 40 a 66 a Isaías incluem: Mt 3:3 (Is 40:3),
Mc 1:2-3 (Is 40:3), Jo 1:23 (Is 40:3), Mt 12:17-21 (Is 42:1-4), At 8:32-33 (Is 53:7-8) e Rm 10:16 (Is
53:1).
Quinto, os Papiros do Mar Morto incluem uma cópia completa do livro de Isaías, e não há
interrupção alguma entre os capítulos 39 e 40. Isso significa que a comunidade de Qumran aceitava
a profecia de Isaías como sendo um único livro, no século II a.C. A versão grega da Bíblia hebraica,
que também data do século II a.C., considera o livro de Isaías como um único livro, escrito por um
único autor, o profeta Isaías.

ISAÍAS 1:11-13 - O profeta Isaías desabona o sistema de sacrifícios estabelecido por meio de
Moisés?
(Veja os comentários de Oséias 6:6.)

ISAÍAS 7:14 - Este versículo é uma profecia do nascimento virginal de Jesus Cristo?

PROBLEMA: A profecia de Isaías 7:14 refere-se à concepção de uma virgem e ao nascimento de
um filho cujo nome seria Emanuel. Entretanto, o versículo 16 parece colocar o nascimento de tal
criança antes da invasão dos exércitos da Assíria e da queda de Samaria, que ocorreu em 722 a.C., e
Isaías 8 parece ser o cumprimento dessa profecia. Como então pode ser essa uma profecia sobre o
nascimento virginal de Jesus?
SOLUÇÃO: Esta profecia pode ter tido um duplo cumprimento. Devido ao estado desesperador em
que se encontrava o povo de Israel, Deus prometeu dar-lhe um sinal de que ele libertaria por fim o
seu povo da escravidão. Muitos eruditos acreditam que esse sinal veio sob duas formas. Primeiro,
como um sinal da libertação física de Israel da escravidão a que estariam se submetendo com a
invasão dos assírios. Segundo, como um sinal da libertação espiritual da escravidão a Satanás.
O primeiro aspecto desse sinal foi cumprido com o nascimento de Rápido-Despojo-Presa-
Segura, como registrado em Isaías 8:3. O segundo aspecto desse sinal foi cumprido com o
nascimento de Jesus Cristo em Belém, como registrado no Evangelho.
A palavra que corresponde a "virgem" (almah) refere-se a uma jovem que nunca manteve
relação sexual com um homem. A esposa de Isaías que teve a criança em cumprimento do primeiro
aspecto da profecia era virgem até ter concebido de Isaías. Entretanto, de acordo com Mateus 1:23-
25, Maria, mãe de Jesus, era virgem mesmo quando concebeu e deu a luz Jesus. A concepção física
e o nascimento do filho de Isaías foi um sinal a Israel de que Deus os libertaria da escravidão física
em relação aos assírios. Mas a concepção sobrenatural e o nascimento do Filho de Deus foi um sinal
a todo o povo de Deus de que o Senhor os libertaria da escravidão espiritual do pecado e da morte.

ISAÍAS 9:6 - Por que Jesus é chamado de 'Pai da Eternidade", se ele é o Filho de Deus?

PROBLEMA: A tradicional doutrina da Trindade sustenta que Deus é uma só essência em três
Pessoas - o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Entretanto, Isaías 9:6 chama o Messias de "Pai da
Eternidade". Como Jesus pode ser tanto o Pai como o Filho?
SOLUÇÃO: Este versículo não é uma fórmula trinitariana que chama Jesus Cristo de Pai. A
primeira parte do versículo 6 faz referência à encarnação de Jesus. A parte que relaciona os nomes
pelos quais ele é chamado expressa o relacionamento dele com o seu povo. Ele é para nós o
Maravilhoso Conselheiro, o Deus Forte, o Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz.
Com este enfoque, vemos que Jesus é aquele que nos dá a vida eterna. Por meio de sua
morte, sepultamento e ressurreição, ele trouxe à luz vida e imortalidade. Verdadeiramente ele é o
Pai da eternidade para o seu povo. O nome "Pai da Eternidade" quer dizer que, tal como o pai
amoroso tudo provisiona a seus filhos, assim também Jesus nos ama e nos provisionou, dando-nos
vida eterna.

ISAÍAS 14:12 - Quem é Lúcifer neste versículo?

PROBLEMA: Muitos comentaristas consideram esta passagem como uma referência a Satanás,
porque algumas versões (como a Vulgata) traduzem "filho da alva" com o nome "Lúcifer".
Entretanto, segundo Isaías 14:4, toda esta passagem, que vai de 14:4 até 14:27, é um provérbio
contra o rei da Babilônia. Como pode ser então uma referência a Satanás, já que é uma profecia
contra o rei da Babilônia?
SOLUÇÃO: Esta passagem é literalmente uma referência ao rei da Babilônia, mas o seu
significado inclui a derrota final e a queda de Satanás. Muitas são as opiniões quanto à identidade
desse rei da Babilônia. Alguns propõem que seja uma referência a Senaqueribe, um cruel inimigo
do povo de Deus. Outros vêem uma figura poética que personifica o reino da Babilônia como um
todo.
A palavra hebraica que corresponde a "Lúcifer" neste versículo tem o sentido de "brilhante",
como traduz a TLH: "Rei da babilônia, brilhante estrela da manhã", Porque o rei da Babilônia
desejou elevar-se como se fosse Deus, sua queda seria como se fosse do céu.
Os paralelos entre esta passagem e outras do NT, tais como Lucas 10:18 e Apocalipse 20:2
indicam que ela pode ter uma aplicação mais ampla. A profecia foi dada àqueles que viviam nos
dias de Isaías, e seu significado foi imediato para eles. Deus estava prometendo-lhes que seu
inimigo, o rei da Babilônia e o próprio império que lhes era maléfico, seria por fim derrubado.
Contudo, podemos tomar esta profecia como sendo uma descrição da derrota final do príncipe do
mal que governa neste mundo, a quem por fim Deus destruirá (Ap 20:10).

ISAÍAS 21:7 - Esta passagem prediz a vinda de Maomé?

PROBLEMA: Alguns muçulmanos consideram que aquele que vai nos "jumentos" é Jesus, e que
aquele que vai nos "camelos" é Maomé, que crêem ter suplantado Jesus.
SOLUÇÃO: Esta é uma especulação totalmente infundada, não tendo base no texto nem no
contexto. Na verdade, a passagem está falando da queda da Babilônia (v.9), e as notícias de sua
queda espalharam-se de várias maneiras, ou seja, por meio dos que foram em cavalos, em jumentos
e em camelos. Não há absolutamente nada a respeito de Maomé neste versículo.

ISAÍAS 26:14 - Esta passagem contradiz o ensino bíblico da ressurreição?
(Veja os comentários de Jó 7:9.)

ISAÍAS 30:26 - A luz do sol e da lua aumentará ou diminuirá no reino futuro?

PROBLEMA: Isaías faz duas previsões aparentemente contraditórias entre si. Uma é que a luz dos
corpos celestes será sete vezes maior (Is 30:26). Outra é que sua luz "se envergonhará" diante da luz
do Senhor (Is 24:23).
SOLUÇÃO: Alguns eruditos acreditam que essas são previsões poéticas mutuamente compatíveis,
que dizem que, embora a luz do sol e da lua seja aumentada várias vezes (talvez de forma figurada),
não obstante a luz do Senhor prevalecerá sobre ela.
Outros consideram essas previsões como referentes a dois eventos futuros diferentes.
Sustentam que a luz natural dos corpos celestes será aumentada durante os "mil anos" (Ap 20:4-6)
do reino de Cristo. Depois disso, quando "novo céu e nova terra" (Ap 21:1) tiverem sido criados, se
cumprirá a palavra: "a cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a
glória de Deus a iluminou" (Ap 21:23).

ISAÍAS 40:5-O ímpio verá a glória de Deus?

PROBLEMA: Isaías declara que "a glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a vera" (Is
40:5). Entretanto, anteriormente ele mesmo declarou que o ímpio "não atenta para a majestade do
Senhor". Como conciliar estas duas afirmações?
SOLUÇÃO: Primeiro, a resposta recai sobre o fato de que o ímpio voluntariamente não reconhece
a glória de Deus, como os justos o fazem. Além disso, no tempo presente o ímpio não reconhece a
majestade de Deus, mas um dia todo joelho - dos justos e dos ímpios - se dobrará perante ele (Is
45:23; cf. Fp 2:10). Com esse entendimento, não há desarmonia alguma entre esses dois textos.

ISAÍAS 40:25 - Se nada se compara a Deus, então como o homem pode ser a imagem de
Deus?

PROBLEMA: Isaías escreveu: "A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? - diz o
Santo". Contudo a Bíblia diz: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem" (Gn 1:27).
SOLUÇÃO: Isaías não está negando toda semelhança entre Deus e suas criaturas. De fato, a Bíblia
afirma também: "O que fez o ouvido, acaso, não ouvirá? E o que formou os olhos será que não
enxerga?" (Sl 94:9), Com efeito, Deus se reflete no espelho da sua criação (cf. Sl 19:1; Rm 1:19-
20). Isaías está afirmando simplesmente que o Deus transcendente é mais do que a sua criação,
embora ele não seja totalmente dissemelhante dela.

ISAÍAS 44:28 - Como Isaías pôde usar termos tão específicos para referir-se a um rei que
viveria cerca de 200 anos depois?

PROBLEMA: Em Isaías 44:28 e 45:1, o profeta cita especificamente o nome de Ciro, ligando-o à
futura restauração de Israel e ao assentamento das fundações do templo. Entretanto, Isaías
desempenhou o seu ministério entre 739 e 681 a.C., ao passo que Ciro veio a ser rei da Pérsia em
539 a.C. Há entre eles um período de pelo menos 150 anos. Como Isaías pôde mencionar até
mesmo o nome de Ciro, muito antes de sua existência?
SOLUÇÃO: Este é um exemplo de profecia sobrenatural. Embora Isaías não tivesse poder para
olhar para o futuro, Deus certamente possui esse poder e declara: "desde o princípio anuncio o que
há de acontecer" (Is 46:10). Deus não somente sabe quem assumirá o poder, mas "o Altíssimo tem
domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer" (Dn 4:32). É Deus quem estabelece reinos, e
é ele quem os desfaz. Não é de se admirar, portanto, que o Senhor seja capaz de citar o nome de um
rei quase 200 anos antes de ele subir ao seu trono. (Veja os comentários de Daniel 1:1.)

ISAÍAS 45:7 - Deus é o autor do mal?

PROBLEMA: De acordo com este versículo, Deus forma a luz e cria as trevas, faz a paz e cria o
mal (cf. também Jr 18:11 e Lm 3:38; Am 3:6). Mas muitos outros textos das Escrituras nos
informam que Deus não é mau (1 Jo 1:5), que ele não pode nem mesmo ver o mal (Hc 1:13), nem
pode ser tentado pelo mal (Tg 1:13).
SOLUÇÃO: A Bíblia é clara ao dizer que Deus é moralmente perfeito (cf. Dt 32:4; Mt 5:48), e que
lhe é impossível pecar (Hb 6:18). Ao mesmo tempo, sua absoluta justiça exige que ele puna o
pecado. Este juízo assume ambas as formas: temporal e eterna (Mt 25:41; Ap 20:11-15).
Na sua forma temporal, a execução da justiça de Deus às vezes é chamada de "mal", porque
parece ser um mal aos que estão sujeitos a ela (cf. Hb 12:11). Entretanto, a palavra hebraica
correspondente a "mal" (rá) empregada no texto nem sempre tem o sentido moral. De fato, o
contexto mostra que ela deveria ser traduzida como "calamidade" ou "desgraça", como algumas
versões o fazem (por exemplo, a BJ). Assim, se diz que Deus é o autor do "mal" neste sentido, mas
não no sentido moral - pelo menos não de forma direta.
Além disso, há um sentido indireto no qual Deus é o autor do mal em seu sentido moral.
Deus criou seres morais com livre escolha, e a livre escolha é a origem do mal de ordem moral no
universo. Assim, em última instância Deus é responsável por fazer criaturas morais, que são
responsáveis pelo mal de ordem moral. Deus tornou o mal possível ao criar criaturas livres, mas
estas em sua liberdade fizeram com que o mal se tornasse real. E claro que a possibilidade do mal
(i.e., a livre escolha) é em si mesma uma boa coisa.
Portanto, Deus criou apenas boas coisas, uma das quais foi o poder da livre escolha, e as
criaturas morais é que produziram o mal. Entretanto, Deus é o autor de um universo moral, e neste
sentido indireto, ele, em última instância, é o autor da possibilidade do mal. É claro, Deus apenas
permitiu o mal, jamais o promoveu, e por fim irá produzir um bem maior através dele (cf. Gn 50:20;
Ap 21-22).
A relação de Deus com o mal pode ser resumida da seguinte maneira:

DEUS NÃO É O AUTOR DO MAL - DEUS É O AUTOR DO MAL
No sentido de pecado - No sentido de calamidade
Mal de ordem moral - Mal de ordem não moral
Perversidade - Pragas
Diretamente - Indiretamente
Concretização do mal - Possibilidade do mal

ISAÍAS 53:3 - Jesus foi desprezado pelos homens, ou foi respeitado por eles?

PROBLEMA: Segundo Isaías, Jesus foi "desprezado e o mais rejeitado entre os homens".
Contudo, no Evangelho, até mesmo os inimigos do Jesus pareciam respeitá-lo, como fez Pilatos ao
dizer: "Eu não acho nele crime algum" (Jo 18:38). Os soldados romanos que crucificaram Jesus
exclamaram: "Verdadeiramente, este homem era justo" (Lc 23:47). De fato, Lucas diz que Jesus
"crescia em... graça, diante do Deus e dos homens" (Lc 2:52). Qual é a verdade, então: Jesus foi
respeitado ou desprezado?
SOLUÇÃO: Ambas as colocações são verdadeiras. De uma maneira geral, ele foi respeitado por
seus amigos e rejeitado por seus inimigos. Ele foi honrado por seus discípulos, mas crucificado por
seus inimigos.
Além disso, em geral Jesus foi mais aceito no seu ministério inicial, mas o antagonismo
tornou-se mais intenso no seu ministério posterior. Assim, depende de quem esteja falando e a que
período esteja se referindo, no que diz respeito à questão de Jesus ter sido desprezado ou respeitado.

ISAÍAS 56:5 - Isaías previu que haveria homossexuais no reino?

PROBLEMA: De acordo com alguns intérpretes partidários do homossexualismo, Isaías 56:5
profetizou que homossexuais seriam trazidos ao reino de Deus. O Senhor disse: "darei na minha
casa e dentro dos meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome
eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará". Isto deve ser entendido como uma previsão do
dia em que os homossexuais serão aceitos no reino de Deus?
SOLUÇÃO: A Bíblia não faz previsão alguma quanto a homossexuais serem aceitos no reino de
Deus. Em primeiro lugar, a profecia de Isaíais é sobre "eunucos"(v. 3), e não homossexuais. E
eunucos são assexuados, e não homossexuais.
Segundo, os "eunucos" de que o texto trata provavelmente são espirituais, não físicos. Jesus
falou de "eunucos" espirituais que tinham renunciado à possibilidade do casamento em virtude do
reino de Deus (Mt 19:11-12).
Terceiro, este é um clássico exemplo de se ler no texto as próprias crenças (isogese), ao
invés de tirar o sentido do próprio texto (exegese). É a mesma coisa de que os homossexuais
acusam os heterossexuais de estarem fazendo com as Escrituras.
Finalmente, a Bíblia diz enfaticamente que "nem adúlteros, nem homossexuais... herdarão o
Reino de Deus" (1 Co 6:9, NVI). As Escrituras repetida e consistentemente condenam as práticas
homossexuais (veja os comentários de Levítico 18:22; Romanos 1:26). Deus ama todas as pessoas,
inclusive os homossexuais; mas detesta o homossexualismo.

ISAÍAS 57:15 - Deus habita na eternidade ou com os homens?

PROBLEMA: Isaías fala de Deus como "o Alto, o Sublime, que habita a eternidade". Contudo
João declara: "Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles" (Ap 21:3). Deus
está na eternidade ou habita entre os homens?
SOLUÇÃO: Deus está nessas duas situações. Ele está "lá", como também está "aqui". Em termos
técnicos, o Senhor tanto transcende o universo como também é imanente a ele. Tudo o que é de
Deus acha-se em toda parte, no céu e na terra (Sl 139:7-10). Ele está acima de tudo e em tudo. Ele
criou o universo e manifestou-se em sua criação, mas ele não se identifica com o universo (Cl 1:15-
16). Deus está no mundo, mas Deus não é o mundo. Como um pintor e a sua pintura, Deus pôs algo
de si mesmo em sua criação, mas Ele ainda é muito mais do que ela.

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