1 CORÍNTIOS 2
1
CORÍNTIOS 6:9 - A condenação do homossexualismo feita por Paulo
foi simplesmente uma
opinião
pessoal dele?
PROBLEMA:
Paulo disse aos
coríntios que "nem imorais,... nem homossexuais ativos ou
passivos...
herdarão o Reino de Deus" (6:9-10, N VI). Mas nesse mesmo livro
ele admitiu estar
dando
a sua "opinião" pessoal (l Co 7:25). De fato, Paulo
admitiu: "não tenho mandamento do
Senhor"
(v. 25); e "digo eu, não o Senhor" (v. 10). Não foi isso
então, por sua própria confissão,
simplesmente
uma opinião pessoal de Paulo, não obrigatória, a respeito dessa
questão?
SOLUÇÃO:
A condenação do
homossexualismo feita por Paulo tem autoridade divina e não é
apenas
sua opinião particular. Isso se torna claro ao examinarmos com
cuidado a evidência de que
dispomos.
Em primeiro lugar, a condenação mais clara da homossexualidade
feita por Paulo achase
em
Romanos 1:26-27, e ninguém que aceita a inspiração das Escrituras
contesta a autoridade
divina
desse texto.
Em
segundo lugar, as credenciais apostólicas de Paulo estão firmemente
estabelecidas nas
Escrituras.
Ele declarou em Gaiatas que as suas revelações não tinham sido
inventadas por homem
algum,
mas tinham sido recebidas "mediante revelação de Jesus Cristo"
(Gl 1:12).
Em
terceiro lugar, Paulo declarou aos coríntios: "as marcas de um
apóstolo - sinais,
maravilhas
e milagres - foram demonstradas entre vocês" (2 Co 12:12, NVI).
Em resumo, ele tinha
exercitado
a sua autoridade apostólica no seu ministério para com os cristãos
de Corinto.
Em
quarto lugar, mesmo no livro de 1 Coríntios, em que a autoridade de
Paulo é
severamente
contestada pelos críticos, sua autoridade divina torna-se evidente
por três razões. (1)
Ele
começa o livro declarando possuir "palavras... ensinadas pelo
Espírito" (1 Co 2:13). (2) Ele
conclui
o livro dizendo: "o que lhes estou escrevendo é mandamento do
Senhor" (14:37, NVI). (3)
Mesmo
no controvertido capítulo 7, em que dizem que Paulo está dando a
sua opinião pessoal não
inspirada,
ele declara: "também eu tenho o Espírito de Deus" (v.
40).
De
fato, quando ele disse: "eu, não o Senhor", ele não
queria dizer que as suas palavras não
eram
inspiradas pelo Senhor; isso iria contradizer tudo o mais que ele
falasse. Pelo contrário,
aquelas
palavras significavam que Jesus não tinha falado diretamente acerca
daqueles pontos
quando
na terra, mas ele prometera a seus apóstolos que enviaria o Espírito
Santo para os guiar "a
toda
a verdade" (Jo 16:13). E o ensino de Paulo em 1 Coríntios foi
um cumprimento daquela
promessa.
1
CORINTIOS 6:13 - Se Deus vai destruir o corpo, então como ele poderá
ser ressuscitado?
PROBLEMA:
Paulo disse: "Os
alimentos são para o estômago, e o estômago, para os alimentos;
mas
Deus destruirá tanto estes como aquele" (1 Co 6:13). Com isso,
alguns argumentam que o
corpo
ressuscitado não terá a anatomia ou fisiologia do corpo anterior à
ressurreição. Por outro
lado,
Paulo deu a entender que reconheceremos os nossos queridos no céu (1
Ts 4:13-18).
SOLUÇÃO:
O corpo que vai para
o túmulo é o mesmo corpo, feito imortal, que dele há de sair.
Isso
é provado pelo fato de que: o túmulo de Jesus ficou vazio; ele
tinha as cicatrizes da
crucificação
no seu corpo (Jo 20:27); o seu corpo era "carne e ossos"(Lc
24:39); as pessoas podiam
tocar
nele, e assim fizeram (Mt 28:9); e ele podia comer alimentos físicos,
o que fez em várias
ocasiões
(Lc 24:40-42).
Quanto
a 1 Coríntios 6:13, um cuidadoso estudo do contexto revela que,
quando Paulo diz
que
Deus destruirá tanto os alimentos como o estômago, ele está se
referindo ao processo
da morte,
não
à natureza
do corpo
ressuscitado. Além disso, conquanto o corpo ressuscitado possa não
ter
necessidade
de se alimentar, ele tem a capacidade para fazê-lo. Comer no céu
será um prazer, sem
ser
uma necessidade.
Assim,
o corpo que a morte "destrói" é o mesmo que a
ressurreição restaura. Argumentar
que
não haverá um corpo ressuscitado porque o estômago será
"destruído" é equivalente a declarar
que
as outras partes do corpo - a cabeça, os braços, as pernas, o
tronco - não ressuscitarão, porque a
morte
as tornará em pó também.
1
CORÍNTIOS 7:10-16 - Paulo contradisse o que Jesus falou sobre o
divórcio?
PROBLEMA:
Essa passagem de 1
Coríntios fala de um crente que é casado com um descrente. A
certo
ponto, Paulo diz: "Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se
aparte; em tais casos, não fica
sujeito
à servidão nem o irmão, nem a irmã"(v. 15). Jesus disse em
Mateus 5:32 e 19:8-9 que se
pode
divorciar de uma esposa somente no caso de infidelidade conjugai.
Paulo está advogando o
divórcio
ou a separação?
SOLUÇÃO:
Não há contradição
entre o que Paulo diz e as palavras do Senhor Jesus. Primeiro,
Paulo
diz que se um dos cônjuges é crente e o outro não, e na hipótese
de o cônjuge descrente não
querer
apartar-se, o crente não deve insistir que se aparte (vv.12-13).
Segundo, Paulo diz que se a
esposa
deixar o marido, ela deverá ficar sem um novo casamento (v. 11).
Isso de igual forma valerá
para
um marido que deixar a esposa.
Paulo
não diz que o cônjuge crente deve divorciar-se ou se casar de novo,
se o cônjuge
descrente
apartar-se. Em lugar disso ele sugere que permaneça sem contrair
novo casamento (v. 11),
sem
dúvida na esperança de uma reconciliação. O ideal de Deus para o
casamento é a união de um
homem
com uma mulher até a morte (1 Co 7:2; cf. Rm 7:1 -2). Portanto,
enquanto houver esperança
de
reabilitação do casamento, os dois são obrigados a tudo fazer para
tal fim. Isso está de pleno
acordo
com o que Jesus disse sobre a permanência do casamento (em Mateus
5:33 e em 19:7-9).
1
CORÍNTIOS 7:12 (cf. 7:40) - Como as palavras de Paulo podem ser
inspiradas, se ele diz
estar
apenas dando a sua opinião?
PROBLEMA:
Em duas passagens de
1 Coríntios (7:12, 40), o apóstolo Paulo parece dar a
entender
que ele estava escrevendo sob sua própria autoridade, não com a do
Senhor. Primeiro ele
diz:
"Aos mais digo eu, não o Senhor" (l Co 7:12). E em 7:40
ele diz: "e penso que também eu
tenho
o Espírito de Deus", o que pode dar a entender que Paulo não
está seguro quanto a ter o
Espírito
Santo. Como esses versículos poderão então harmonizar-se com a
autoridade divina
reclamada
por Paulo erji suas epístolas? (cf. Gl 1:11-17; 2 Tm 3:16-17).
SOLUÇÃO:
Primeiro, a respeito
de 1 Coríntios 7:12, Paulo está referindo-se ao fato de que o
Senhor
não abordou diretamente essa questão quando ele falou do divórcio
e do casamento (Mt
5:31-32;
19:4-12). Assim, Paulo aborda precisamente essa questão, dando a sua
visão, com
autoridade,
quanto a uma esposa crente permanecer com um marido descrente.
Segundo,
Paulo não tinha dúvida alguma quanto a possuir o Espírito Santo
nessa questão, já
que
ele disse claramente: "também eu tenho o Espírito de Deus"
(1 Co 7:40). Assim, essa passagem
não
pode ser usa-d; para mostrar que Paulo estaria dizendo não ter
autoridade divina.
Finalmente,
Paulo de modo claro afirmou sua autoridade divina nessa mesma carta,
declarando
o que ele escreveu como sendo "palavras... ensinadas pelo
Espírito" (1 Co 2:13). De
fato,
ele conclui a carta dizendo "ser mandamento do Senhor o que vos
escrevo" (14:37). Dessa form
a,
suas palavras no capítulo 7 devem ser consideradas em harmonia com
essas enfáticas
declarações.
1
CORÍNTIOS 8:4 - Se os ídolos nada são, por que Deus condena a
idolatria?
PROBLEMA:
Paulo afirma que "o
ídolo, de si mesmo, nada é no mundo". Contudo, a Bíblia
repetidamente
condena a idolatria (cf. Êx 20:4), e até mesmo Paulo disse que há
demônios por trás
dos
ídolos (1 Co 10:19). Está ele então declarando que os demônios
nada são?
SOLUÇÃO:
Paulo não nega a
existência
de ídolos, mas
simplesmente a cumplicidade
de eles
afetarem
crentes maduros que comerem carne que lhes tenha sido oferecida (cf.
8:1). Não é a
realidade
dos ídolos, mas é
a sua divindade
que Paulo nega. O
diabo realmente engana os idolatras
(1
Co 10:19), mas ele não pode destruir a carne que Deus criou e que
disse ser algo bom (Gn 1:31;
1
Tm 4:4), mesmo que alguém a tenha oferecido a um ídolo.
1
CORINTIOS 9:24 - Paulo encoraja, ou não, a corrida para obter um
alvo espiritual?
PROBLEMA:
Nesse texto, o
apóstolo encoraja o crente a correr "de tal maneira que o
alcanceis".
Entretanto,
em Romanos, Paulo nos informa de que "não depende de quem quer
ou de quem corre,
mas
de usar Deus a sua misericórdia" (9:16).
SOLUÇÃO:
A primeira passagem
está falando de
galardões que
realmente dependem de nossas
obras
(cf. 1 Co 3:1 lss e 2 Co 5:10), ao passo que a
outra fala da
salvação,
a qual é pela graça
e não
por
obras (Rm 4:5; Ef 2:8-9; Tt 3:5-7).
1
CORINTIOS 10:8 - Paulo cometeu um erro ao citar quantas pessoas
morreram?
PROBLEMA:
Paulo diz nesse
versículo que 23.000 pessoas morreram. Em Êxodo 32:28, o
número
de pessoas referidas como tendo sido mortas é 3.000. Isso parece ser
um erro.
SOLUÇÃO:
Primeiro, em Êxodo
32:28 as pessoas foram mortas à espada, e as que Paulo
menciona
morreram pela espada e por causa de uma praga. Êxodo 32:35 diz:
"Feriu, pois, o Senhor
ao
povo, porque fizeram o bezerro que Arão fabricara". Paulo dá o
total incluindo os que foram
mortos
pela espada e pelo ferimento do Senhor (pela praga). Mas Êxodo 32:28
nos fornece apenas o
número
dos que foram mortos pela espada.
Segundo,
alguns acham que o número de pessoas mortas que Paulo fornece
relaciona-se
com
um relato de juízo ocorrido em Números 25:9, que diz terem sido
mortas 24.000 pessoas. Isso
pode
ser respondido de duas maneiras. Primeiramente, a passagem de Números
não dá um período
de
tempo específico dentro do qual tantas pessoas morreram, mas o
apóstolo Paulo disse que
23.000
morreram num só dia. A passagem de Números, entretanto, não
especifica quantos foram
mortos
num só dia, mas fornece o número total de mortes. Além disso,
alguns estudiosos dizem que
Paulo
não se refere a Números, porque 1 Coríntios 10:7 cita Êxodo 32:6,
enquadrando-se assim o
contexto
de 1 Coríntios com Êxodo 32:28.
1
CORINTIOS 11:5 - As mulheres deveriam usar véu enquanto oram?
PROBLEMA:
Paulo insistiu que
"toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu
desonra
a sua própria cabeça" (v. 5). Isso quer dizer que as mulheres
devem usar véu na igreja hoje,
ou
isso é puramente cultural? E se for cultural, então como é que
ficamos sabendo o que é e o que
não
é cultural?
SOLUÇÃO:
Várias
considerações vão trazer luz a esse difícil problema. Primeiro,
precisamos
fazer
uma distinção entre o significado
do texto e a sua
significância. O
significado éo
que ele diz
às
pessoas naquela cultura, e a significância é
como ele se aplica
em nossa atual situação cultural.
Não
há dúvida alguma sobre o seu significado. O texto quer dizer
exatamente o que ele diz. Quando
as
mulheres em Corinto retiravam o véu e oravam na igreja, elas
desonravam sua cabeça (o marido,
11:3,
7, 9f
11).
Naqueles dias, o véu era um símbolo do respeito da mulher para dom
o seu marido.
Em
tal contexto cultural, era imperativo que a mulher usasse o véu na
igreja, ao orar ou profetizar.
Segundo,
há uma diferença entre mandamento
e cultura.
Os mandamentos das
Escrituras
são
absolutos - a cultura é relativa. Por exemplo, são poucos os que
acreditam que ainda se aplica
para
o dia de hoje a ordem que Jesus deu a seus discípulos de não
levarem um par 4e sandálias a
mais,
em suas jornadas evangelísticas. E a maior parte c os cristãos
literalmente não mais saúdam
"todos
os irmãos com beijo santo" (1 Ts 5:26, NVI). Nem acreditam que
levantar "mãos santas"
durante
a oração seja essencial na oração em público (1 Tm 2:8).
Há
um princípio
por trás de cada um
desses mandamentos que é ab-luto, mas sua prática
não
é. O que
o crente deve fazer é absoluto, mas como
fazê-lo é
relativo, dependendo da cultura.
Por
exemplo, os cristãos devem cumprimentar-se um ao outro (isto é o "o
que"); mas como
cumprimentam-se
é relativo a suas respectivas culturas. Em algumas culturas, como no
NT, é com
um
beijo; em outras é com um abraço; e ainda em outras é com um
aperto de mãos.
Muitos
eruditos bíblicos acreditam que esse princípio é também
verdadeiro a respeito do uso
do
véu. Isto é, que as mulheres, em todas as culturas e em qualquer
tempo da história têm de
demonstrar
ter respeito para com seus maridos (o "o que"), mas "como"
tal respeito deve ser
evidenciado
nem sempre precisa ser com um véu. Por exemplo, pode ser
pelo uso de uma
aliança
de
casamento ou por qualquer outro símbolo cultural.
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