2
REIS
2
REIS 1:17 - Quando foi que Jorão, filho de Acabe, começou a reinar
em Israel?
PROBLEMA:
De acordo com 2 Reis
1:17, Jorão, filho de Acabe, tornou-se rei de Israel no
segundo
ano do reinado de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá.
Entretanto, de acordo com 2 Reis
3:1,
Jorão tornou-se rei de Israel no décimo-oitavo ano do reinado de
Josafá, rei de Judá. Afinal
quando
Jorão, filho de Acabe, se tornou rei em Israel?
SOLUÇÃO:
As duas afirmativas
estão corretas. Antes de Josafá ter-se unido com Acabe numa
ação
militar contra Ramote-Gileade, ele designou seu filho Jeorão como
co-regente em Judá.
Quando
Jorão, filho de Acabe, se tornou rei de Israel, era tanto o segundo
ano do reinado de Jeorão,
filho
de Josafá, como também o décimo-oitavo ano
do
reinado de seu pai, Josafá.
2
REIS 2:23-24 - Como poderia um homem de Deus amaldiçoar aqueles 42
jovens, de forma
que
eles fossem despedaçados por duas ursas?
PROBLEMA:
Quando Eliseu se
dirigia a Betel, foi confrontado por uns jovens que zombaram
dele,
dizendo: "Sobe, calvo!". Quando Eliseu ouviu isso, virou-se
para eles e os amaldiçoou, e duas
ursas
saíram do bosque e despedaçaram os jovens. Como poderia ele fazer
isso, amaldiçoando-os,
por
uma ofensa tão pequena?
SOLUÇÃO:
Em primeiro lugar,
essa não foi uma ofensa assim tão pequena, porque os jovens
trataram
Elizeu com desprezo. Como o profeta era a boca com a qual Deus falava
ao seu povo, o
próprio
Deus estava sendo maldosamente insultado na pessoa do seu profeta.
Segundo,
eles não eram crianças pequenas e inocentes. Eram jovens maldosos,
comparáveis
às
gangues de rua dos dias de hoje. Daí, a vida do profeta foi exposta
ao perigo pelo grupo, que era
numeroso,
pela natureza do seu pecado e pelo óbvio desrespeito que eles
demonstraram à
autoridade
de Eliseu.
Terceiro,
a ação de Eliseu teve o propósito de amedrontar os participantes
de quaisquer
outras
gangues. Se eles não temessem zombar de um honrado homem de Deus
como Eliseu,
poderiam
ter sido uma ameaça à vida de todo o povo de Deus.
Quarto,
alguns comentaristas observam que o que eles clamaram tinha o
propósito de
desafiar
a condição de Eliseu como profeta. No fundo, eles estavam dizendo:
"Se você é um homem
de
Deus, por que você não sobe ao céu como Elias?" O termo
"calvo" pode ter tido uma conotação
decorrente
do fato de que os leprosos raspavam a cabeça. Tal comentário dava a
impressão de que
os
jovens consideravam Eliseu como um detestável rejeitado.
Quinto,
não foi Eliseu que tomou a vida deles, mas Deus, pois somente ele
poderia ter
dirigido
as ursas naquela hora, para atacá-los. É evidente que, por terem
zombado desse homem de
Deus,
aqueles jovens revelaram sua verdadeira atitude para com o próprio
Deus. Um desprezo
assim
para com o Senhor é punível com a morte. As Escrituras não dizem
que Eliseu orou para que
tal
tipo de castigo acontecesse. Foi claramente um ato de Deus em juízo
sobre aquela ímpia gangue.
2
REIS 3:18-19 - Israel não violou a lei de guerra ao destruir árvores
frutíferas?
PROBLEMA:
Moisés ordenara aos
exércitos de Israel quanto aos seus inimigos, dizendo: "não
derrubem
as árvores frutíferas" (Dt 20:19, TLH). Entretanto, em 2 Reis,
eles foram instruídos a
cortar
"todas as boas árvores".
SOLUÇÃO:
Alguns eruditos
acreditam que a lei de Deuteronômio aplicava-se tão-somente a
árvores
frutíferas quando estivessem sitiando uma cidade, já que o texto
diz: "quando sitiares uma
cidade..."
(Dt 20:19). Isso está de acordo com o fato de que Deuteronômio
declara explicitamente
que
a razão para não destruir as árvores frutíferas era porque "o
arvoredo do campo é mantimento
para
o homem" (Dt 20:19, SBTB).
É
também possível que o mandamento para não destruí-las fosse
apenas para a terra dos
cananeus,
que eles estavam prestes a ocupar, ao passo que 2 Reis refere-se à
destruição de Moabe,
que
eles não ocupariam.
2
REIS 6:19 - Eliseu não mentiu às tropas sírias que vinham para
capturá-lo?
PROBLEMA:
Quando Eliseu saiu
para encontrar-se com os seus inimigos, ele lhes disse: "Não é
este
o caminho, nem esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que
buscais"
(2 Rs 6:19).
Como
poderia ele, sendo um homem de Deus, mentir às tropas sírias?
SOLUÇÃO:
Não se trata
propriamente de uma mentira. As tropas sírias tinham sido enviadas a
Dotã
para capturar Eliseu. O Senhor então os cegou, e Eliseu saiu da
cidade para encontrar-se com
eles.
O que o profeta lhes disse foi: "Não é este o caminho, nem
esta a cidade". Se Elizeu saiu da
cidade,
Dotã não seria mais o caminho que os soldados teriam de seguir para
capturá-lo, e aquela
não
seria mais a cidade para onde deveriam ir. O profeta também os
instruiu: "segui-me, e guiarvos-
ei
ao homem que buscais". Também isto era verdade. Eliseu os
conduziu a Samaria e, quando
chegaram,
o Senhor abriu-lhes os olhos e eles viram Eliseu e que estavam em
Samaria. (Quanto a se
a
mentira alguma vez pode ser justificada, veja os comentários de Êx
1:15-21).
2
REIS 8:25 - Acazias tornou-se rei no décimo-segundo ou no
décimo-primeiro ano do reinado
de
Jorão?
PROBLEMA:
Em conformidade com
2 Reis 8:25, Acazias, filho de Jeorão, tornou-se rei sobre
Judá
no décimo-segundo ano do reinado de Jorão, filho de Acabe, rei de
Israel. Entretanto, 2 Reis
9:29
declara que Acazias tornou-se rei de Judá no décimo-primeiro ano do
reinado de Jorão sobre
Israel.
Qual é o correto?
SOLUÇÃO:
As duas afirmativas
estão corretas. A diferença provém da maneira pela qual o reinado
de
um rei era calculado em Israel e em Judá. No tempo do reinado de
Acazias em Judá, pelo sistema
adotado
em Judá para o cálculo dos anos do reinado de um rei, o primeiro
ano oficial do reinado
não
começava senão no início do ano seguinte àquele em que o rei
tinha assumido o trono. Pelo
sistema
de cálculo empregado em Israel, entretanto, o ano em que era o rei
coroado era contado
oficialmente
como o seu primeiro ano de reinado. Conseqüentemente, o que era o
décimo-primeiro
ano
em Judá era o décimo-segundo em Israel, conforme o método de
contagem de tempo
empregado.
2
REIS 8:26 - Tinha Acazias 22 ou 42 anos de idade quando começou a
reinar em Judá?
PROBLEMA:
Segundo o que dispõe
2 Reis 8:26, Acazias tinha 22 anos de idade quando começou
a
reinar em Judá. Entretanto, em 2 Crônicas 22:2 (SBTB, R-IBB)
encontramos a afirmação de que
foi
com 42 anos que ele tomou o trono de Judá. Qual a idade correta?
SOLUÇÃO:
Trata-se com toda
certeza de mais um erro de copista, e há base suficiente para se
demonstrar
que Acazias tinha 22 anos quando começou a reinar em Judá.Em 2 Reis
8:17, vemos
que
Jeorão, filho de Josafá e pai de Acazias, tinha 32 anos quando se
fez rei. Jeorão morreu com a
idade
de 40 anos, oito anos depois de começar a reinar. Conseqüentemente,
o seu filho Acazias não
poderia
estar com a idade de 42 anos ao assumir o reinado após a morte do
seu pai; caso contrário
ele
estaria com uma idade maior do que a de seu pai.
2
REIS 9:7 - Como pôde Deus condenar Jeú por derramamento de sangue,
se o Senhor mesmo
lhe
ordenara que exterminasse a casa de Acabe?
PROBLEMA:
Em 2 Reis 9:6-10,
encontramos o comissionamento de Jeú pelo Senhor para
exterminar
a casa de Acabe. De acordo com 2 Reis 10:30, Deus aprovou Jeú por
essa destruição.
Entretanto,
Oséias profetizou as seguintes palavras de Deus: "castigarei,
pelo sangue de Jezreel, a
casa
de Jeú" (Os 1:4). Como poderia Deus condenar Jeú pelo
derramamento de sangue, se foi ele
que
lhe ordenou isso?
SOLUÇÃO:
Deus aprovou Jeú
por obedecê-lo na destruição da casa de Acabe, mas condenou-o
pelo
motivo pecaminoso pelo qual ele derramou o sangue. Embora 2 Reis
10:30 afirme que Deus
disse
que ele procedera corretamente ao matar os parentes de Acabe, o
versículo anterior observa
que
"não se apartou Jeú de seguir os pecados de Jeroboão... dos
bezerros de ouro...". O versículo 31
afirma
ainda que Jeú "não teve cuidado de andar de todo o seu coração
na lei do Senhor Deus de
Israel".
Obviamente, já que Jeú adorou outros deuses e não andou segundo a
Lei de Deus, ele não
destruiu
a família de Acabe em decorrência de sua devoção ao Senhor.
2
REIS 10:13-14 - Foram os irmãos ou os sobrinhos de Acazias que foram
mortos?
(Veja
os comentários de 2 Crônicas 22:8).
2
REIS 14:3,7 - Por que Amazias foi aprovado por Deus, mesmo tendo
odiado os edomitas, se
Deus
disse para não fazer isso?
PROBLEMA:
Está registrado
sobre Amazias que "fez ele o que era reto perante o Senhor"
(v. 3), e
que
"ele feriu a dez mil edomitas no vale do Sal" (v.7). Mas
ele fez isso apesar da lei ordenar: "Não
aborrecerás
o edomita, pois é teu irmão" (Dt 23:7).
SOLUÇÃO:
Em primeiro lugar,
deve-se observar que embora a vida de Amazias tenha sido
aprovada
por Deus de uma maneira geral, a passagem não aprova especificamente
este seu ato.
Com
efeito, até mesmo a palavra de aprovação geral contém uma reserva
feita por Deus (cf. v. 3).
Segundo,
o texto não afirma que ele matou os edomitas por tê-los "odiado"
(é este o sentido
da
palavra "aborrecer"). Pode ter sido um ato de retaliação
apenas. Seus outros atos de vingança
estavam
de acordo com a Lei de Moisés, visto que ele não matou os filhos
pelos pecados de seus
pais
(cf. v. 6).
2
REIS 14:29 - Os mortos estão dormindo ou estão conscientes?
PROBLEMA:
Como ocorre nesta
passagem, a Bíblia com freqüência fala da morte como sendo
um
tempo em que a pessoa "dormiu com seus pais" (SBTB, R-IBB;
outros textos, por exemplo, são:
1
Rs 2:10; 11:21, 43; 14:20). Jesus disse: "Nosso amigo Lázaro
adormeceu" (Jo 11:11), quando ele
estava
morto (cf. Jo 11:14). Paulo fala dos crentes "que dormem"
no Senhor (1 Ts 4:13; cf. 1 Co
15:51).
Contudo, em outras partes, a Bíblia fala que as pessoas estão
conscientes na presença de
Deus
depois de sua morte (cf. 2 Co 5:8; Fp 1:23; Ap 6:9).
SOLUÇÃO:
O primeiro grupo de
versículos refere-se ao corpo
e o segundo, à
alma.
"Dormir" é
uma
apropriada figura de linguagem para a morte do corpo, já que ela é
apenas temporária,
esperando
pela ressurreição, quando o corpo será despertado de seu sono.
Além disso, tanto no sono
como
na morte a pessoa tem a mesma postura, ou seja, fica deitada.
A
Bíblia é muito clara a respeito do fato de que a alma do crente
(espírito) sobrevive após a
morte
(Lc 12:4), que ela está conscientemente presente com o Senhor (2 Co
5:8) num lugar melhor
(Fp
1:23), onde outras almas estão conversando (Mt 17:3)e até mesmo
orando (Ap 6:9-10).
Analogamente,
a alma do incrédulo vai para um lugar de tormento consciente (Mt
25:41; Lc 16:22-
26;
Ap 19:20-20:15).
2
REIS 15:27- Como entender o fato de este versículo dizer que Peca
reinou em Samaria por
20
anos, sendo que ele a tomou 8 anos antes do fim do seu reinado?
PROBLEMA:
De acordo com 2 Reis
15:27, Peca reinou sobre Israel em Samaria durante 20 anos.
Entretanto,
Oséias, filho de Elá, o matou 8 anos depois de ter ele tomado
Samaria de Menaém.
Como
então Peca poderia ter reinado 20 anos sobre Israel, se ele reinou
apenas 8 anos em Samaria?
SOLUÇÃO:
Embora Peca não
tivesse controle sobre a cidade de Samaria, ele foi considerado
oficialmente
como o único rei sobre Israel. Portanto o seu reinado sobre Israel,
e sua capital, a
cidade
de Samaria, foi calculado a partir do tempo em que ele reivindicou o
trono depois da morte
de
Zacarias, em 752 a.C.. Peca realmente adotou Samaria como sua
residência oficial em 740 a.C.,
quase
dois anos após a morte de Menaém. Entretanto, somente oito anos
mais tarde, em 739 a.C.,
foi
que Oséias liderou uma conspiração contra Peca e o matou.
2
REIS 17:4- Como poderia este versículo mencionar um rei do Egito
chamado "Sô", se não
há
registro algum de que tal rei tenha existido?
PROBLEMA:
Quando Salmaneser,
rei da Assíria, foi enfrentar Oséias, rei de Israel, ele descobriu
uma
conspiração iniciada por Oséias porque este "enviara
mensageiros a Sô, rei do Egito" (2 Rs
17:4).
Entretanto, além dessa menção na Bíblia, não há registro de um
rei do Egito com este nome:
"Sô".
Trata-se de um erro?
SOLUÇÃO:
O nome que é
traduzido por "Sô" pode ser traduzido também por "Sais",
que era o
nome
da cidade (capital) de Tefnakht, rei do Egito no tempo em que Oséias
reinava em Israel.
Assim,
a redação correta desta passagem seria: "[Oséias] enviara
mensageiros a Sais, ao rei do
Egito".
(A TLH apresenta a redação alternativa: "ao rei do Egito, em
Sais"). A palavra "Sô" na
Bíblia
não é o nome do rei do Egito, mas da cidade que era a capital do
reino do Egito. Portanto não
há
erro algum.
2
REIS 17:41 - Como as nações poderiam temer o Senhor e ao mesmo
tempo servir a falsos
deuses?
PROBLEMA:
Este texto diz
claramente que "estas nações temiam o Senhor" (cf. v.
32). Contudo,
esta
mesma passagem diz que eles "serviam aos seus próprios deuses"
(v. 33). Isso não seria uma
evidente
contradição?
SOLUÇÃO:
Nem todas as
contradições verbais
são contradições
reais (veja
os comentários do
Salmo
53:5). Este é um bom exemplo do uso da mesma palavra (verbo "temer")
com diferentes
sentidos
(veja ainda os comentários de 1 João 4:18). Os sentidos
contrastantes em que eles temiam a
Deus
revela-se no versículo 41: "Assim estas nações temiam o
Senhor e serviam as suas próprias
imagens
de escultura". Em outras palavras, em geral eles temiam a Deus,
mas não neste ponto em
particular.
Eles não tinham deixado de ser monoteístas,
mas eram idólatras.
2
REIS 18:13 -
Como pode este
versículo afirmar que Senaqueribe invadiu Judá no décimoquarto
ano
de Ezequias?
PROBLEMA:
Em 2 Reis 18:13
lemos: "No ano décimo-quarto do rei Ezequias subiu Senaqueribe,
rei
da Assíria, contra todas as cidades fortificadas de Judá e as
tomou". Como a arqueologia
evidenciou
que a invasão de Senaqueribe se deu em 701 a.C., isso significa que
Ezequias tornou-se
co-regente
com seu pai Acaz em 719 a.C., e o único reinante em Judá em 715
a.C.. Entretanto, de
acordo
com 2 Reis 18:1, Ezequias tornou-se co-regente em 729 a.C., e passou
a ser o único reinante
em
Judá quando o seu pai morreu, em 725 a.C.. Há então uma
discrepância de dez anos. Qual é o
relato
correto?
SOLUÇÃO:
A indicação de que
Senaqueribe tinha invadido Judá no décimo-quarto ano de
Ezequias
é claramente um erro de copista. Senaqueribe realmente invadiu Judá
no vigésimo quarto
ano
do reinado de Ezequias de Judá. O erro é fácil de se explicar, já
que a diferença entre os dois
números
é tão somente uma única letra hebraica. As consoantes hebraicas
para "catorze" são rb
srh,
ao
passo que para "vinte e quatro" são rb
srm (os manuscritos
antigos não registravam as vogais —
veja
Apêndice 2). As letras finais são a única diferença no texto
escrito. De fato, as palavras são as
mesmas,
só que a palavra "vinte" é simplesmente o plural da
palavra "dez". No hebraico esses
números
são escritos "quatro dez" (para 14) e "quatro vinte"
(para 24). Isso é simplesmente um caso
de
erro de copista na segunda palavra do número.
2
REIS 20:11 - Como poderia a sombra retroceder dez graus no relógio
de Acaz?
PROBLEMA:
Em resposta à
oração de Ezequias, Deus instruiu Isaías a profetizar que o Senhor
acrescentaria
15 anos à vida do rei. Quando ele ouviu isso, pediu um sinal para
confirmar a
promessa
de Deus. O sinal era que a sombra retrocederia dez graus. Mas isso
implicava fazer com
que
a sombra fosse para trás, em sentido contrário ao que ocorre com o
pôr-do-sol. Como é que a
sombra
poderia retroceder?
SOLUÇÃO:
Obviamente foi um
milagre. Ezequias considerou que o sinal não seria caracterizado
como
uma confirmação milagrosa da promessa de Deus se ele envolvesse
algum fenômeno que
pudesse
ser facilmente explicado (2 Reis 20:10). Foi a natureza milagrosa do
que aconteceu que o
caracterizou
como sendo um sinal de Deus. Qualquer tentativa de explicação sobre
como isso se
deu
não passaria de pura especulação. Embora Deus possa empregar
forças naturais para realizar
seus
propósitos, ele pode também realizar a sua vontade de um modo que
desafie qualquer tipo de
explicação
natural. Deus pode realizar milagres, e no caso o que aconteceu foi
um milagre.
2
REIS 20:12-15 - Como estes versículos podem dizer que os visitantes
de Merodaque-Baladã
vieram
depois da invasão de Senaqueribe?
PROBLEMA:
De acordo com a
seqüência de eventos, tais como são apresentados em 2 Reis
20:12-15,
a delegação enviada por Merodaque-Baladã (o mesmo que
Berodaque-Baladã) foi visitar
Ezequias
depois da invasão de Senaqueribe em 701 a.C. ( 2 Rs 18:13-18).
Entretanto, conforme
evidências
históricas, Merodaque-Baladã tinha fugido para Elã depois de ter
sido expulso da
Babilônia
por Senaqueribe em 702 a.C.. Como ajustar então a cronologia desses
versículos?
SOLUÇÃO:
O fato de que a
descrição da invasão de Senaqueribe tanto em 2 Reis como em Isaías
precede
a descrição da visita da delegação de Merodaque Baladã não
significa que esta tenha sido a
correta
seqüência dos fatos. Em 2 Reis 20:1 encontramos a expressão
"Naqueles dias" como
introdução
de uma nova seção dentro do livro. Entretanto, isto não indica
necessariamente que os
eventos
narrados em seguida tenham acontecido na mesma época dos da seção
anterior. Esta
expressão
é às vezes empregada apenas para introduzir uma nova seção, e sua
função é semelhante
à
da frase: "E aconteceu que..." Encontramos este tipo de uso
em Juízes 17:6,18:1,19:1 e em Ester
1:2.
A
visita registrada em 2 Reis 20:12-15 realmente aconteceu antes da
invasão de
Senaqueribe,
narrada em 2 Reis 18-19. Isso é atestado pelo fato de que Ezequias
morreu em data
compreendida
entre 698 e 696 a.C. Como Deus tinha estendido sua vida por 15 anos,
isso faria com
que
a doença dele acontecesse por volta de 713 a.C. Esta cronologia
coincidiria com a visita da
delegação
de Merodaque-Baladã, que foi expulso por Senaqueribe em 702 a.C.
2
REIS 23:30 - Josias morreu em Megido ou em Jerusalém?
PROBLEMA:
Este versículo diz
que Josias morreu na cidade de Megido, mas de acordo com 2
Crônicas
35:24 parece que ele morreu em Jerusalém.
SOLUÇÃO:
A passagem de
Crônicas simplesmente afirma que ele morreu; o livro de Reis nos diz
especificamente
onde foi que ele morreu. É dito com toda clareza: "tendo saído
contra ele o rei
Josias,
Neco o matou, em Megido, no primeiro encontro. De Megido os seus
servos o levaram
morto
e, num carro, o transportaram para Jerusalém, onde o sepultaram no
seu jazigo" (2 Rs 23:29-
30).
2
REIS 24:6 - Jeoaquim morreu em Jerusalém, como esta passagem dá a
entender, ou na
Babilônia,
como está implícito em 2 Crônicas 36:6?
PROBLEMA:
Pela narração de 2
Reis 24:6 tem-se a idéia de que Jeoaquim teria tido uma morte
tranqüila,
em casa. Entretanto, 2 Crônicas 36:6 descreve a captura de Jeoaquim
e sua deportação
para
a Babilônia por Nabucodonosor, o que nos mostra que ele teve uma
terrível morte num país
estrangeiro.
Qual é o correto?
SOLUÇÃO:
O fato é que
nenhuma das duas passagens indica onde foi que Jeoaquim morreu. A
deportação
descrita em 2 Reis 24:10-16 não é o mesmo evento descrito em 2
Crônicas 36:5-8. Há
uma
diferença na severidade da ação de Nabucodonosor. Enquanto 2
Crônicas 36:7 diz que
Nabucodonosor
levou apenas Jeoaquim e alguns
dos artigos do
templo, 2 Reis 24:13 esclarece que
Nabucodonosor
levou todos
os tesouros da casa
do Senhor e transportou toda a Jerusalém para o
cativeiro
(v. 14); apenas os mais pobres da terra foram deixados (v. 14). Os
dois relatos narram
claramente
dois eventos diferentes. Como conseqüência, é bem possível que,
mais tarde, depois da
primeira
ação - descrita em 2 Crônicas 36 - tenham permitido que Jeoaquim
voltasse a Jerusalém,
onde
teria morrido. Entretanto, é também possível que Jeoaquim tenha
morrido no cativeiro. As
Escrituras
silenciam quanto a este ponto.
2
REIS 24:8 - Quantos anos tinha Jeoaquim quando se tornou rei?
PROBLEMA:
O registro de 2 Reis
24:8 estabelece que Jeoaquim tinha 18 anos de idade quando
foi
instituído rei. Entretanto, em 2 Crônicas 36:9 (SBTB, R-IBB)
encontramos a afirmação de que
ele
tinha 8 anos quando se tornou rei. Qual é o correto?
SOLUÇÃO:
Este é
provavelmente um erro de copista. E provável que Jeoaquim tivesse 18
anos
quando
começou a reinar*. A
observação de que "fez ele o que era mau perante o Senhor,
conforme
tudo
quanto fizera seu pai" (2 Rs 24:9) parece mais uma descrição
de um homem de mais idade do
que
de um adolescente. Ainda, o fato de que os caldeus o condenaram à
prisão em 597 a.C. indica
que
eles o consideraram em idade responsável, adulta.
*
Algumas versões - como a ARA, a THL, a BV, a EC
e a BJ - citam-no com esta idade (18 anos) em 2 Crônicas 36:9.
(N.
do T.)
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