quarta-feira, 6 de março de 2013

Manual de dificuldades bíblicas- Ezequiel


EZEQUIEL

EZEQUIEL 1:5-28 - É esta uma manifestação de OVNI'S e de inteligência extraterrestre?

PROBLEMA: Ezequiel fala de "seres viventes" cujas faces tinham "a semelhança de homem", e
que se moviam "à semelhança de relâmpagos" (v.14). Eles se elevavam (v. 19) e suas "rodas se
elevavam juntamente com eles" (v. 20). Alguns consideram esta descrição como referindo-se a
OVNI'Se a extraterrestres. Há criaturas extraterrestres, semelhantes ao homem, no espaço cósmico?
SOLUÇÃO: Não se trata de uma referência a OVNIS, e sim de uma visão dá glória de Deus. Isso é
evidente por várias razões. Primeiro, o texto estabelece com clareza: "Esta era a aparência da glória
do Senhor" (Bzl:28).
Segundo, logo no primeiro versículo deste capítulo fala-se de "Visões", que se apresentam,
em geral, em formas altamente simbólicas (cf. Ap 1:9-20). Portanto, toda "semelhança" neste texto
não deve ser entendida de modo literal, mas simbolicamente.
Terceiro, os "seres viventes" eram anjos, uma vez que eles tinham "asas" (v. 6) e voavam no
meio do céu. Eles se comparam aos anjos mencionados em Isaías 6:2 e especialmente aos "seres
viventes" (anjos) ao lado do trono de Deus (Ap 4:6).
Quarto, a mensagem deles provinha do "Senhor Deus" de Israel ao profeta Ezequiel (cf. 2:1-
4), e não de supostos seres extraterrestres. O contexto era uma mensagem do Deus de Israel por
meio do profeta judeu de nome Ezequiel para a "casa rebelde" (2:3-4; cf. 3:4,9) de Israel.
Quinto, não há evidência alguma da existência de criaturas extraterrestres, semelhantes ao
homem, em parte alguma do universo. Há, certamente, espíritos demoníacos que a Bíblia chama de
"espírito mentiroso" (1 Rs 22:22) e "espíritos enganadores" (1 Tm 4:1). Esses demônios ou anjos
malignos podem enganar as pessoas, fazendo com que elas creiam que eles são seres extraterrestres.
Mas eles podem ser reconhecidos por seu falso ensino e pelas práticas más que estimulam, tais
como idolatria, feitiçaria, astrologia, adivinhação, cartomancia e necromancia (cf. Dt 13:1-9; 18:9-
14; 1 Tm 4:1-3).

EZEQUIEL 14:9 - Foi Deus quem enganou esses falsos profetas?

PROBLEMA: Ezequiel declara que Deus induzia os falsos profetas a falar e então os destruía por
terem agido assim. Mas isso parece ser um ato de engano.
SOLUÇÃO: A ação de Deus não era nem enganosa nem moralmente coercitiva. Dar falsas
profecias é exatamente o que os falsos profetas gostam de fazer. Assim, não há coerção alguma por
parte de Deus em induzi-los a praticar o seu negócio. O Deus soberano de tal modo dispôs as
circunstâncias, que esses homens maus, por sua livre vontade, se punham a proferir falsas profecias,
que revelavam o seu verdadeiro caráter e os levavam à condenação. E por não amarem a verdade
que Deus fez com que eles se dedicassem ao erro, com a decorrente conseqüência, ou seja, sua
destruição (veja 2 Ts 2:10-11).

EZEQUIEL 16:47 - Israel imitou os pagãos, ou não?

PROBLEMA: De acordo com Ezequiel 5:7, os israelitas foram condenados porque tinham sido
"mais rebeldes do que as nações" ao seu redor . Contudo, segundo Ezequiel 16:47, eles foram
condenados por Deus, que disse: "Todavia não andaste nos seus caminhos, nem fizeste conforme as
suas abominações" (SBTB).
SOLUÇÃO: Há duas possíveis explicações para este caso. Alguns sustentam que os israelitas
tinham imitado as nações pagas em alguns aspectos, mas não em todos. Eles não chegaram ao ponto
de incorrer no mesmo juízo que Deus lançou sobre as nações ao seu redor, embora o seu
procedimento não estivesse sendo de acordo com a lei de Deus.
Outros explicam que os dois textos mostram que eles não estavam apenas imitando os
pagãos, mas que tinham ido muito além, na corrupção moral. Quando a segunda passagem é tomada
em sua totalidade, isso se torna mais claro: "Todavia não andaste nos seus caminhos, nem fizeste
conforme as suas abominações; mas como se isto fora mui pouco, ainda te corrompeste mais do que
elas, em todos os teus caminhos" (SBTB)*. Em outras palavras, eles não eram como os pagãos; eles
eram piores do que eles! Os judeus não estavam imitando os pagãos; o mal os tinha tomado de tal
forma, que eles eram os que lideravam o mal.

EZEQUIEL 16:49 - O pecado de Sodoma foi egoísmo, e não o homossexualismo?

PROBLEMA: Ezequiel descreveu o pecado de Sodoma como sendo o egoísmo: "Eis que esta foi a
iniqüidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade teve ela e suas
filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado". Nenhuma menção é feita ao pecado do
homossexualismo, nem aos demais pecados do sexo per-vdrtido. Ao contrário da visão tradicional,
Sodoma aparentemente foi condenada apenas porque o seu povo era egoísta, e não por terem sido
homossexuais.
SOLUÇÃO: O pecado de Sodoma não foi apenas o egoísmo, mas também o homossexualismo.
Isso fica evidente ao considerarmos os seguintes fatos. Primeiro, o contexto de Gênesis 19 revela
que a sua perversão era sexual (veja os comentários de Gênesis 19:8).
Segundo, o pecado do egoísmo relatado por Ezequiel (16:49) não exclui o pecado do
homossexualismo. A propósito, os pecados sexuais são uma forma de egoísmo, já que eles
representam a satisfação das paixões carnais.
Terceiro, por chamar o pecado deles de "abominações", o versículo imediato (v. 50) mostra
que eram pecados sexuais. Esta é a mesma palavra usada para descrever os pecados do
homossexualismo em Levítico 18:22.
Quarto, a notória natureza da perversidade sexual de Sodoma é revelada na palavra
"sodomia", que veio a ter o significado de prática homossexual.
Quinto, o pecado de Sodoma é referido em outro texto das Escrituras como tendo sido o da
perversão sexual. Judas destaca que o pecado de Sodoma foi na área do sexo pervertido, ao dizer:
"como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à
prostituição..." (v. 7).

EZEQUIEL 18:20 - Deus pune uma pessoa pelo pecado de outra?

PROBLEMA: Ezequiel diz com clareza que Deus não pune os filhos pelos pecados de seus pais,
mas que "a alma que pecar, essa morrerá [por causa de seus próprios pecados]". Entretanto, em
Êxodo 20:5, somos informados de que Deus visita "a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e
quarta geração". Estas duas colocações parecem ser claramente contraditórias.
SOLUÇÃO: Ezequiel está falando que a culpa que os pais têm, por terem pecado, não se transfere
para os filhos; mas Moisés referia-se às conseqüências dos pecados dos pais, dizendo que estas
passam para os filhos. Infelizmente, se um pai é alcoólatra, os filhos poderão sofrer abusos e até
mesmo a pobreza. Da mesma forma, se uma mãe contrai Aids pelo uso de drogas, então o seu bebê
pode nascer com Aids. Mas isso não significa que aquela criança inocente seja culpada dos pecados
de seus pais.
Mesmo que a passagem do livro de Êxodo implique que a culpa moral de alguma forma seja
passada para os filhos, seria porque eles também, como seus pais, teriam pecado contra Deus. Devese
observar que a passagem das iniqüidades de uma geração para outra se faz com aqueles que o
* O texto da ARA esclarece melhor ao colocar após cada negativa a palavra "só": "Todavia, não só andaste nos seus
caminhos, nem só fizeste segundo as suas abominações,...". (N. do T.)
"aborrecem" (Êx 20:5), isto é, que não cumprem os seus mandamentos, (veja os comentários de
Romanos 5:12).

EZEQUIEL 18:32 - Deus se regozija com a condenação do pecador?

PROBLEMA: De acordo com este versículo, Deus declara: "Porque não tenho prazer na morte de
ninguém [em seus pecados]". Contudo, em Provérbios 1:26, Deus declara ao pecador: "Também eu
me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei". Estas, porém, parecem ser
atitudes conflitantes entre si, com relação à condenação do pecador.
SOLUÇÃO: A resposta baseia-se no fato de que essas passagens falam de dois tipos diferentes de
pessoas. Deus não se regozija com a morte de um pecador que até a última hora de sua vida não se
arrependeu, já que o Senhor sabe que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo,
depois disto, o juízo" (Hb 9:27). Entretanto, Deus de fato "ri" (fica satisfeito) quando os néscios
aprendem a conseqüência da sua imprudência nesta vida (cf. Pv 1:31). O riso é uma figura de
linguagem que procura exprimir a sua indignação por eles menosprezarem o caminho da sabedoria,
indo pelo caminho da insensatez. Deus sente uma correta indignação com os que são imprudentes e
para com os que não o temem (v. 29), e para si trazem ruína. Mas, de forma alguma Deus se
regozija com os que chegam ao seu destino final sem ele, porque o Senhor não tem prazer algum na
morte do ímpio.

EZEQUIEL 20:25 - Os estatutos de Deus são maus?

PROBLEMA: Neste versículo Deus diz: "pelo que lhes dei estatutos que não eram bons e juízos
pelos quais não haviam de viver". Entretanto, a Bíblia declara que as leis de Deus são perfeitas e
santas (Lv 11:45; SI 19:7; Rm 7:7).
SOLUÇÃO: Em primeiro lugar, Ezequiel provavelmente não está se referindo às leis de Deus, mas
a estatutos pagãos que Deus fez com que fossem transferidos para o seu povo quando ele
desobedeceu a sua santa lei. Observe-se que o texto diz que Deus lhes deu estatutos que não eram
bons porque "se rebelaram contra mim" (20:21).
Segundo, há um sentido no qual a santa lei de Deus pode ser entendida como não sendo boa,
ou seja, considerando-se que a desobediência a ela resulta em males. O apóstolo Paulo expressou-se
assim a esse respeito: "É a lei pecado? De modo nenhum!... Mas o pecado, tomando ocasião pelo
mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o
pecado" (Rm 7:7-8). Ou seja, o propósito da lei é bom (isto é, revelar a retidão de Deus), mas o
resultado da lei é o mal (já que a lei dá oportunidade a que o pecado ocorra).

EZEQUIEL 26:3-14 - Por que as profecias de Ezequiel foram incluídas nas Escrituras, se elas
erram no que diz respeito a Nabucodonosor?

PROBLEMA: De acordo com as profecias de Ezequiel 26, Deus faria com que Nabucodonosor
fosse contra a orgulhosa cidade de Tiro, destruindo-a completamente. Entretanto, Ezequiel 29:18
mostra que Nabucodonosor não teve sucesso na captura de Tiro. Como conciliar estas duas
colocações?
SOLUÇÃO: Nabucodonosor realmente destruiu as cidades costeiras. Entretanto, o povo do porto
de Tiro obviamente havia se transferido pára a cidade da ilha, a qual puderam defender com sucesso
dos invasores babilônicos. Nabucodonosor havia derrotado e despojado as cidades da orla marítima,
como Ezequiel profetizou (26:7-11), mas ele nâo foi vitorioso sobre a cidade da ilha. Este fato é
registrado em Ezequiel 29:18.
Além disso, o versículo 12 denota uma mudança, passando da profecia a respeito de
Nabucodonosor para declarações proféticas concernentes a outros invasores. O versículo 3 já tinha
introduzido a idéia de muitos invasores, ao dizer: "farei subir contra ti muitas nações". Como a
história registra, muitas nações realmente insurgiram-se contra a cidade de Tiro na ilha; mas foi
Alexandre, o Grande, que, tendo sitiado a ilha da cidade de Tiro por volta de 332 a.C, conquistou
finalmente essa cidade e a deixou em total ruína, de forma que ela nunca foi reconstruída. Quando
corretamente compreendida, a profecia de Ezequiel se ajusta de modo perfeito aos registros
históricos.

EZEQUIEL 28:1 - Quem foi o príncipe de Tiro?

PROBLEMA: Muitos eruditos conservadores relacionam o príncipe de Tiro com Satanás.
Entretanto, algumas afirmações, tais como "não passas de homem e não és Deus" (28:2) denotam
que esta é uma referência a um príncipe humano, e não a Satanás. Quem foi o príncipe de Tiro?
SOLUÇÃO: Os eruditos evangélicos têm sustentado diferentes posições com relação à identidade
do príncipe de Tiro. Alguns consideram que a linguagem do capítulo 28 é altamente poética, com
figuras de expressão que têm o propósito de enfatizar a arrogância do príncipe de Tiro. Esses
comentaristas entendem que se trata de um príncipe humano, embora haja divergências quanto a
quem seja exatamente tal pessoa. Alguns o identificam como tendo sido Ethbaal III, que reinou de
cerca de 591 a 572 a.C. Outros o identificam como Ithobal II, que pode ter sido a mesma pessoa,
com um nome diferente.
Alguns comentaristas propõem que a linguagem empregada não pode ser aplicada a
nenhuma pessoa especificamente, mas que há uma personificação da própria cidade. O "rei" serviria
assim como um símbolo do governo e do povo como um todo.
Outros comentaristas argumentam que os versículos de 1 a 10 referem-se a um príncipe humano,
mas que os versículos de 11 a 19 referem-se a Satanás. Os que defendem esta posição apontam para
a mudança de referência de "príncipe (nagid) de Tiro", do versículo 2, para "rei de Tiro" (nielek), no
versículo 12. Esta mudança, de príncipe para rei, considerada em conjunto com certas afirmações,
tais como "estavas no Éden" (v. 13), "tu eras querubim da guarda ungido" (v.14), e "perfeito eras
nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado" (v. 15), podem indicar que esta seção seja sobre
Satanás. Não sendo assim, outros entendem tais frases como simples referências hiperbólicas (a
expressão de um exagero como figura para enfatizar algo) aplicáveis ao príncipe humano e ao rei.
Todos os comentaristas conservadores concordam, entretanto, que o capítulo 28 é uma
profecia contra a cidade de Tiro e seu governante, não importando quem tenha sido ele. Este
exaltara-se acima de Deus e merecia o juízo que o Senhor lhe traria. Embora a identidade desse
príncipe e rei seja uma questão controvertida, a aplicação desta passagem estende-se a todos os que
se exaltam em orgulho e arrogância contra Deus, não importando se são reis, demônios ou pessoas
comuns. E, é claro, Satanás é o caso de maior destaque entre todas essas orgulhosas criaturas.

EZEQUIEL 29:17-20 - Ezequiel profetizou uma invasão do Egito por Nabucodonosor, que
nunca aconteceu realmente?
(A abordagem da precisão histórica das profecias da invasão do Egito por Nabucodonosor é
apresentada nos comentários de Jeremias 43:8-13.)

EZEQUIEL 40-48 - Como estas profecias podem ser entendidas literalmente, se o NT declara
que o sistema de sacrifícios foi abolido com a morte de Cristo?

PROBLEMA: Ezequiel parece prever que, no período messiânico, o sistema de sacrifícios usado
pelos judeus antes do tempo de Jesus será restabelecido (capítulos 40-48). Entretanto, o NT em
geral e o livro de Hebreus em particular são enfáticos em declarar que Cristo, por um único
sacrifício, de uma vez para sempre eliminou a necessidade do sacrifício de animais (Hb 10:1-9).
SOLUÇÃO: Há duas interpretações básicas desta passagem das escrituras. Alguns a vêem
espiritualmente; outros, literalmente.
Os que argumentam em favor de uma interpretação espiritual acham que esses sacrifícios
não devem ser considerados de forma literal, mas como símbolos ou projeções do que foi cumprido
no sacrifício totalmente suficiente de Cristo na cruz (Hb 1:1-2). Tais pessoas dão as seguintes razões
em defesa de sua posição:
1 - O NT ensina que Cristo cumpriu e aboliu o sistema de sacrifícios e o sacerdócio do AT (Hb
8:8-10).
2 - O livro de Apocalipse descreve a cidade celestial futura sem templos e sem sacrifícios, com
apenas Cristo, o Cordeiro (21:22-27).
3 - Ezequiel descreve os gentios como excluídos do templo de Israel, o que é contrário ao
ensino do NT de que judeus e gentios são um em Cristo (Gl 3:28; Ef 2:12-22). 4j
4 - O NT fala da Igreja como sendo o Israel espiritual, na qual as previsões do AT se cumprem
(GI 6:16; Hb 8:8-10).
Os que se opõem a esta argumentação salientam, primeiro, que ela viola o modo de
interpretação histórico-gramatical normal, que atenta para o correto uso das palavras. Além disso,
em vez de interpretar o texto do AT como foi escrito, quer interpretá-lo, ilegitimamente, à luz do
NT. Argumentam ainda que os sacrifícios previstos por Ezequiel poderiam estar apontando para
antes da Cruz, assim como o AT aponta para depois dela.
A interpretação literal contempla a real restauração do templo e do sistema de sacrifícios,
assim como Ezequiel previu, que se cumpriria durante o reinado de Cristo sobre a terra no milênio
(Ap 20). Os que têm esta visão argumentam que:
1. Ezequiel nos apresenta uma descrição muito detalhada, com numerosas medições e cenas
históricas que não se coadunam com uma interpretação espiritual.
2. Se esta passagem é espiritualizada, então de forma semelhante a maioria das profecias do AT
pode ser também espiritualizada, inclusive aquelas que são entendidas como sendo óbvias e literais
previsões concernentes à primeira vinda de Cristo, e que sabemos terem sido cumpridas
literalmente. O mesmo, então, aplica-se à sua segunda vinda.
3.A Bíblia faz distinção entre Israel e a Igreja (1 Co 10:32; Rm 9:3-4). As promessas específicas
para Abraão e para a sua descendência na carne, tais como a Terra Prometida (Gn 12:1-3), não se
cumprem na Igreja, mas permanecem para ser ainda cumpridas no futuro (Rm 11; Ap 20).
4.O quadro descrito em Apocalipse 21 não é o do milênio (Ap 20), mas do estado de eternidade que
se segue. A previsão de Ezequiel (40-48) cumprir-se-á no milênio. Depois, no novo céu e na nova
terra, não haverá templo nem sacrifícios.
5.Os sacrifícios mencionados por Ezequiel não são para a expiação de pecados são apenas de
natureza memorial, com vistas à obra completa realizada por Cristo na cruz, semelhante ao que
ocorre com a ceia do Senhor na vida dos crentes hoje.
6.O restante da profecia de Ezequiel se cumprirá no literal reinado de Cristo por 1.000 anos (Ap
20:1-7), quando ele sentar-se num trono literal com os seus doze apóstolos, sentados em doze tronos
literais em Jerusalém (Mt 19:28). Sendo assim, então não há por que não considerar a profecia sobre
os sacrifícios como literal também.
7.O AT não preconizou como os judeus e os gentios se uniriam (cf. Ef 3:4-6), mas certamente
divisou que os gentios seriam abençoados (Is 11:10-16). O que Ezequiel nos apresenta não exclui
esta última revelação (cf. Cl 1:26).
8.O livro de Hebreus fala da abolição dos sacrifícios de animais apenas no sentido expiatório, não
no sentido memorial.

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