JUÍZES
JUÍZES
1:20 - Calebe matou os filhos de Enaque ou simplesmente os expulsou?
PROBLEMA:
Em Juízes 1:10, os
três filhos de Enaque foram "feridos" por Judá. Mas no
versículo
20
é dito que eles foram simplesmente expulsos de Hebrom, o que Josué
15:14 também afirma. O
que
aconteceu com os filhos de Enaque?
SOLUÇÃO:
Há duas posições
quanto à resposta a esta questão. Uma delas admite que estas duas
passagens
referem-se ao mesmo evento, ao passo que a outra sustenta que elas se
referem a dois
acontecimentos
distintos.
Mesmo
Evento. De acordo
com esta posição, os filhos de Judá foram liderados por Calebe.
Assim,
uma passagem estaria se referindo aos homens que atuaram e a outra,
àquele que foi o líder
daquela
ação. Além disso, a palavra hebraica que foi traduzida pelo verbo
"expulsar" na realidade
tanto
pode significar "pôr para fora" como "destruir".
Neste sentido, eles foram expulsos não
somente
da terra de Judá, mas também deste mundo.
Eventos
Diferentes. De
acordo com esta visão, os primeiros capítulos de Juízes não estão
escritos
numa ordem cronológica, sendo quase uma repetição, palavra por
palavra, do texto de
Josué
15:13-19. Sendo assim, os eventos poderiam ter ocorrido da seguinte
maneira: quando Josué
conquistou
a terra, os filhos de Enaque foram simplesmente expulsos. Tempos
depois das
campanhas
iniciais, Judá estabeleceu-se na terra e Calebe e seus homens então
os mataram.
Qualquer
uma dessas posições resolve a dificuldade.
JUÍZES
l:28ss - Os cananeus foram destruídos ou simplesmente subjugados?
PROBLEMA:
Josué 10:40
declara: "Assim feriu Josué toda aquela terra... destruiu a
tudo o que
tinha
fôlego, sem deixar nem sequer um, como ordenara o Senhor Deus de
Israel". Mas logo depois,
quando
o povo ocupou a terra que tinham conquistado, Juízes 1:28 diz que
Israel "sujeitou os
cananeus
a trabalhos forçados; e não os expulsou de todo". Mas como
isso poderia acontecer, se
eles
tinham sido totalmente destruídos?
SOLUÇÃO:
Parece evidente que
de início Josué conquistou a terra apenas como
um todo, mas não
destruiu
literalmente todo
vestígio dos
antigos moradores. Primeiro ele passou por toda a terra e
obteve
as maiores
vitórias, deixando
as batalhas menores
para aqueles que
mais tarde se apossariam
da
região. Assim, a expressão "destruiu tudo o que tinha fôlego"
ou é uma figura de linguagem
expressando
sua ampla vitória, ou é uma hipérbole com relação ao seu
completo sucesso.
Entretanto,
mesmo que tal expressão seja entendida mais literalmente, ela se
completa com a
frase:
"sem deixar nem sequer um" (Js 10:40). Aqui nada se diz com
relação aos que fugiram e só
voltaram
quando os exércitos de Josué rumaram para o norte, noutras
batalhas. Sem dúvida, nesse
ínterim,
muitos dos cananeus retornaram e ocuparam suas habitações, e
permaneceram como um
espinho
na carne do povo de Israel.
JUÍZES
3:20-21 - A Bíblia aprova homicídios?
PROBLEMA:
A Bíblia diz que "o
Senhor lhes suscitou libertador" (Jz 3:15) para que Israel se
livrasse
de seu opressor, o rei Eglom, de Moabe. Então (v.21), relata como
esse homem, Eúde,
"estendendo
a mão esquerda, puxou o seu punhal do lado direito e lho cravou no
ventre" [de
Eglom].
Como o Deus que proíbe o homicídio (Êx 20:13) perdoa um homicídio
tão brutal como
esse?
SOLUÇÃO:
Este incidente, e
outros semelhantes (cf. Jz 4:21), são todos um bom exemplo do
princípio
que diz "que nem tudo o que a Bíblia relata
é aprovado por
ela"(veja a Introdução). Em
primeiro
lugar, o texto não diz que Deus aprovou esse ato tão vil. Ele
simplesmente conta o que
aconteceu.
Segundo,
o fato de que Deus "suscitou" Eúde não justifica tudo o
que ele fez. Deus levantou
também
Faraó (cf. Rm 9:17), mas o Senhor assim mesmo o julgou por seus
pecados (cf. Êx 12).
Terceiro,
há muitos pecados contidos na Bíblia que não são aprovados
por ela. Entre esses
citam-se
a mentira de Abraão (Gn 20), o pecado de Davi com Bate-Seba ( 2Sm 11
) e a poligamia
de
Salomão (1 Rs 11).
Quarto,
conquanto os homicídios propriamente dito sejam pecados Deus reserva
a si o
direito
a vida (Dt.32:39; Jó 1:21). Ele toma a vida de quem quer, porque foi
Ele quem a deu, e o faz
por
meio de qualquer instrumento a sua escolha, seja natural ou não
(veja os comentários de Josué
6:21).
JUÍZES
4:21 - Deus perdoa os homicídios?
(Veja
os comentários de Juízes 3:20-21.)
JUÍZES
4:21 - Sísera estava deitado quando Jael o matou, ou estava em pé,
como Juizes 5:27
parece
indicar?
PROBLEMA:
De acordo com Juizes
4:21, Sísera estava deitado, "em profundo sono", quando
Jael
se
aproximou dele "mansamente e lhe cravou a estaca na fonte, de
sorte que penetrou na terra".
Entretanto,
Juízes 5:27 parece indicar que Sísera caiu depois de Jael ter
atingido a sua cabeça com a
estaca
da tenda. Sísera estava deitado ou em pé quando foi morto por Jael?
SOLUÇÃO:
A descrição
poética de Juizes 5:27 pode ser entendida como descrevendo possíveis
convulsões
que ocorreram no corpo de Sísera, depois que ele recebeu o golpe na
cabeça. Também, o
termo
"caiu" com freqüência é usado com um sentido figurado,
para indicar a morte de alguém. Isto
seria
bem provável, considerando-se a estrutura poética do capítulo 5. O
poema não está
descrevendo
literalmente uma queda ao solo, como se Sísera estivesse em pé.
Antes, é a forma de
descrever
com certa poesia a morte de Sísera. Pela mão dessa mulher
inexperiente, o capitão do
exército
cananita, Sísera, caiu. Não há contradição, mas apenas diferença
entre uma narrativa
histórica
acurada, que descreve os fatos de maneira literal, e uma forma
poética acurada, que
descreve
os eventos de um modo poético.
JUÍZES
5:6ss - Como
Jael pode ser louvada por um homicídio tão cruel?
PROBLEMA:
A história da morte
de Sísera pelas mãos de Jael descreve um assassinato violento e
cruel
(Jz 4:21). Entretanto, o cântico de Débora registrado em Juizes 5
louva Jael por ter matado
Sísera.
Como pode ela ser louvada por cometer um homicídio assim tão
violento?
SOLUCÃO:
Primeiro, convém
lembrar que Sísera era um poderoso guerreiro. Quando ele foi até a
tenda
de Jael, ela não teve como recusar-lhe, a entrada. Embora tenha sido
Jael que saiu ao encontro
de
Sísera para encorajá-lo a refugiar-se em sua tenda, Juizes 4:17
deixa claro que ele já planejara ir
à
tenda de Jael.
Segundo,
Sísera era um guerreiro cruel, que vinha oprimindo severamente o
povo de Deus.
Se
ele tivesse escapado da batalha, com certeza voltaria a fazer
crueldades com o povo de Deus. Se
Jael
não tivesse agido como agiu, ela estaria sendo conivente com todos
os futuros atos de matança
e
de opressão desse homem impiedoso para com o povo de Deus.
Terceiro,
o compromisso que Jael tinha com o Senhor Deus de Israel determinou a
única
coisa
que ela poderia fazer naquelas circunstâncias. Os inimigos do Senhor
e do seu povo eram
inimigos
de Jael. Ela precisava matar Sísera. Ela não conseguiria
defrontar-se em combate com tal
guerreiro.
Sua ação teria que ser rápida e certeira. Ela não poderia
arriscar-se a falhar em seu intento
de
matá-lo, ferindo-o apenas. Precisava agir, de forma a matá-lo certa
e instantaneamente. Diante
das
alternativas, Jael optou pelo bem maior. Para prevenir a matança e a
opressão do povo de Deus,
ela
matou Sísera.
Quarto,
embora não haja na Bíblia nenhuma menção de que Deus honra ou
louva Jael pela
maneira
como ela matou Sísera, o cântico de Débora certamente a louva por
sua ação decidida. Jael
foi
um instrumento nas mãos de Deus para trazer juízo sobre esse
terrível inimigo de Israel.
JUIZES
11:26 - Por quanto tempo Israel habitou em Hesbom?
PROBLEMA:
Este versículo
afirma que Israel estava na terra, desde o tempo de Moisés até o
tempo
de Samuel, por "trezentos anos". Entretanto, somando-se os
tempos de cada um dos juízes,
tem-se
um total de cerca de 410 anos.
SOLUÇÃO:
A resposta óbvia é
que, assim como ocorreu posteriormente com os reis de Israel,
houve
períodos que se sobrepuseram. Em outras palavras, enquanto uma parte
da terra estava sob a
opressão
de um governante estrangeiro, outras partes haviam sido libertadas
por um juiz de Israel.
Além
disso, era comum um governante reivindicar um ano todo mesmo quando
reinara somente
uma
parte dele. Dessa forma, o mesmo ano era contado por diferentes
juízes.
Ainda,
o total de 300 anos entre Josué e Samuel (cerca de 1400 a 1100 a.C.)
está de acordo
com
outros versículos que consideram um total de 480 anos para o período
do êxodo até Salomão (1
Rs
6:1), e com Atos 13:20, que fala de 450 anos entre a conquista da
Terra Prometida e a morte de
Salomão
(cerca de 1381 a 931 a.C.).
JUÍZES
11:29-40 - Como é que Deus poderia permitir que Jefté oferecesse
sua filha em
holocausto?
PROBLEMA:
Antes de sair para a
batalha contra os filhos de Amom, Jefté fez um voto ao Senhor,
através
do qual ele ofereceria a Deus, em holocausto, quem primeiro da porta
de sua casa lhe saísse
ao
encontro, caso o Senhor lhe concedesse vitória sobre seus inimigos.
Quando Jefté retornou, a
primeira
pessoa que saiu ao seu encontro foi sua filha, Ele recusou-se a não
honrar o voto que havia
feito.
A
Bíblia, no entanto, diz com clareza que o sacrifício humano é uma
abominação ao Senhor
(Lv
18:21; 20:2-5; Dt 12:31; 18:10). Como é que Deus poderia permitir
que Jefté oferecesse sua
filha,
e ainda relacionou-o entre os campeões da fé em Hebreus 11:32?
SOLUÇÃO:
Muitos têm
entendido que Jefté ofereceu a vida de sua filha ao Senhor, dada a
natureza
inviolável de um voto feito a Deus (cf. Ec 5:2-6). E mais, observam
que um holocausto
envolve
o sacrifício de uma vida, e justificam esse procedimento tendo por
base que um voto a
Deus
tem precedência sobre tudo o mais, até mesmo sobre a vida humana
(cf. Gn 22). Deus é
soberano
sobre a vida e a toma quando quer (Dt 32:39), como finalmente o faz
(Hb 9:27).
Entretanto,
por diversas razões, não é necessário admitir que Jefté tenha
oferecido um
sacrifício
de morte. Primeiro, ele tinha consciência da lei contra o sacrifício
humano, e se essa fosse
sua
intenção quando fez o voto, um sacrifício humano, ele saberia que
isso teria sido uma clamorosa
rejeição
da lei de Deus.
Em
segundo lugar, o texto não diz ter ele realmente matado sua filha
como holocausto. Isto é
apenas
inferido por alguns porque ele tinha prometido que quem quer que
primeiro saísse de sua
casa
seria oferecido ao Senhor "em holocausto" (11:31). Como
Paulo mostrou, os seres humanos
devem
ser oferecidos a Deus como um "sacrifício vivo" (Rm 12:1),
e não como sacrifício de
mortos.
É possível que Jefté tenha oferecido sua filha ao Senhor como um
sacrifício vivo.
Por todo
o
resto de sua vida ela serviria ao Senhor na casa do Senhor e
permaneceria virgem.
Terceiro,
um sacrifício vivo de perpétua virgindade era um sacrifício
tremendo no contexto
judaico
daqueles dias. Fazendo alguém voto de perpétua castidade, e sendo
dedicada ao serviço do
Senhor,
ela não poderia jamais ter filhos e assim dar continuidade à
linhagem familiar de seu pai.
Jefté
agiu com muita honra e grande fé no Senhor, não voltando atrás em
relação ao voto que ele
havia
feito ao Senhor seu Deus.
Quarto,
este modo de ver a questão apóia-se no fato de que quando a filha
de Jefté saiu para
chorar
por dois meses, ela não saiu para lastimar a sua morte iminente.
Não, ela saiu e "chorou a sua
virgindade"
(v 38).
Finalmente,
se ela tivesse de enfrentar a morte ao fim dos dois meses, teria sido
muito
simples
para ela casar-se com alguém e viver com essa pessoa durante os dois
meses que
antecederiam
sua morte. Não havia razão para a filha de Jefté lastimar pela sua
virgindade, a menos
que
estivesse com a perspectiva de viver toda uma vida nessa condição.
Com Jefté não tinha outros
filhos,
sua filha não se lamentou acerca de sua virgindade por causa de
nenhum desejo sexual
ilícito.
JUÍZES
14:4 - Como Deus pôde usar a lascívia de Sansão por uma filha dos
filisteus a fim de
libertar
Israel da opressão?
PROBLEMA:
Quando Sansão foi a
Timna, viu uma mulher dos filisteus com quem quis casar-se.
Embora
os pais dele o tivessem advertido a não prosseguir com tal
relacionamento, por ser uma
mulher
ímpia e pagã, Sansão recusou-se a acatar o conselho. Entretanto,
Juizes 14:4 nos mostra que
o
desejo de Sansão por aquela mulher provinha de Deus, de forma a
poder usá-lo para derrotar os
filisteus.
Como entender que Deus usaria os desejos sensuais de Sansão para
realizar a libertação de
Israel
da opressão dos filisteus?
SOLUÇÃO:
Temos de entender
que, embora Sansão tivesse sido dedicado por seus pais desde o
nascimento
para servir ao Senhor como nazireu, ele não tinha um compromisso
integral com o
Senhor.
Sansão tornou-se uma pessoa obstinada e egoísta. Ele não era do
tipo que se disporia a ir
numa
batalha contra os filisteus por razões de ordem espiritual.
Conseqüentemente, para fazer com
que
ele se dispusesse a enfrentar os filisteus e propiciar assim a
libertação de Israel, Deus fez uso
dos
interesses pessoais de Sansão para despertar a sua ira contra os
filisteus. Às vezes, Deus usa
homens
ímpios para realizar seus bons propósitos.
JUÍZES
15:4 - Como Sansão conseguiu capturar trezentas raposas?
PROBLEMA:
De acordo com Juizes
15:4, Sansão "tomou trezentas raposas; e, tomando fachos, as
virou
cauda com cauda, e lhes atou um facho no meio delas", "pôs
fogo aos tições, largou-as na
seara
dos filisteus". Mas como poderia ele ter capturado tantas
raposas assim?
SOLUÇÃO:
E necessário
lembrar que Sansão foi dotado de uma força sobrenatural. Embora a
passagem
não descreva como é que Sansão foi capaz de capturar tantas
raposas, certamente não é
difícil
acreditar que alguém que foi capaz de usar uma queixada de jumento
para matar "mil
homens"
(Jz 15:15) pudesse capturar trezentas raposas sem problema algum.
JUÍZES
16:26-27 - Se o suicídio é um pecado, por que Deus abençoou Sansão
por tê-lo
cometido?
PROBLEMA:
O suicídio é uma
forma de assassinato e Deus disse: "Não matarás" (Êx
20:13). Há
muitos
casos de suicídio na Bíblia (veja os comentários de 1 Samuel 31:4)
e nenhum deles recebeu
aprovação
do Deus. Contudo, Sansão cometeu suicídio com o aparente
consentimento do Senhor.
SOLUÇÃO:
Sansão não tirou
a sua vida; ele
sacrificou-se por seu povo, Há uma grande diferença.
Jonas
orou: “Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me
é morrer do que viver" (Jn
4:3).
Mas Jonas nunca tirou a sua vida. O suicídio é um ato "para
si mesmo". O
que Sansão fez foi
entregar
a sua vida pelos
outros - pelo seu
povo. O ato de Sansão foi um ato de suicídio tanto
quanto
o foi o ato de Cristo, quando este disse: "dou a minha vida"
(Jo 10:15), porque "o bom
pastor
dá a vida pelas ovelhas" (Jo 10:11). Com efeito, "ninguém
tem maior amor do que este: de
dar
alguém a própria vida em favor dos seus amigos" (Jo 15:13).
É
claro que nem toda aparente morte "pelos outros" é
realmente um ato de amor. Paulo
deixou
isso evidente no seu grande capítulo acerca do amor: "e ainda
que entregue o meu próprio
corpo
para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará"
(1 Co 13:3). Até mesmo um
mártir
pode morrer sem que haja amor, mas numa obstinada entrega a uma causa
centralizada na
sua
própria pessoa. Saul optou pela morte, dizendo: "para que
porventura não venham estes
incircuncisos,
e me traspassem e escarneçam de mim" (1 Sm 31:4). Abimeleque
procurou a morte, e
disse
a seu escudeiro: "mata-me, para que não se diga de mim: Mulher
o matou" (Jz 9:54).
Em
contraste, Sansão pediu permissão a Deus para morrer, e orou:
"Morra eu com os
filisteus"
(Jz 16:30). Deus acedeu ao seu pedido, "e foram mais os que
matou na sua morte do que
os
que matara na sua vida" (v. 30). Paulo também desejou "ser
anátema, separado de Cristo, por
amor
de" seus irmãos (Rm 9:3). O soldado que se atira sobre uma
granada para salvar a vida de seus
companheiros
não está tirando
a sua vida, não
está se suicidando; ele está dando
a sua vida pelos
outros.
De igual modo, Cristo não cometeu suicídio, tendo ele vindo para
"dar a sua vida em resgate
por
muitos" (Mc 10:45).
JUÍZES
18:30- Como entender que este livro foi escrito durante, ou logo
após, o período dos
juizes?
PROBLEMA:
Os eventos do livro
de Juízes cobrem um período de cerca de 1380 a 1050 a.C..
Juízes
18:30 faz referência ao fato de que os filhos de Jônatas foram
sacerdotes em Dã "até ao dia
do
cativeiro do povo". Entretanto, o cativeiro do povo de Israel
aconteceu em 722 a.C. Portanto este
livro,
mencionando este evento, não poderia ter sido escrito no tempo dos
juizes, nem logo depois.
SOLUÇÃO:
A frase "até
ao dia do cativeiro do povo" não se refere ao cativeiro da
nação de Israel
em
722 a.C. O contexto da passagem indica que o termo "povo"
do versículo 30 não é uma
referência
à nação inteira de Israel, mas,
ao povo de Dã.
Conseqüentemente, o cativeiro mencionado
é
uma referência a uma derrota fragorosa do povo de Dã diante de
algum invasor estrangeiro por
volta
de 1000 a.C., e não o cativeiro de 722
a.C.
Segundo,
a descrição da repentina destruição do povo de Laís pelos
danitas (v. 27) indica
que
este mesmo tipo de destruição veio sobre os danitas porque eles
"levantaram para si aquela
imagem
de escultura" (v. 30). O povo tinha sido advertido em várias
ocasiões de que caso
deixassem
de servir ao Senhor, Deus faria vir sobre eles todo o mal que ele
trouxera sobre os
habitantes
que Israel expulsara daquela terra (Dt 4:25ss; 31:1-29; Js 23-24).
Embora
as Escrituras não registrem especificamente o que aconteceu em Dã,
o contexto
mostra
claramente que esta referência trata de uma derrota devastadora
sofrida pelo povo de Dã e
sua
captura pelo inimigo.
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