quarta-feira, 6 de março de 2013

Manual de dificuldades bíblicas- Provérbios


PROVÉRBIOS

PROVÉRBIOS 1:1 - Como puderam os escritos de Salomão vir a fazer parte das Escrituras,
se 1 Reis 11:6 diz que Salomão fez mal aos olhos do Senhor?

PROBLEMA: Salomão começou o seu reinado como um homem que amava o Senhor (1 Reis
3:3). Mais tarde ele começou a desviar-se de seus caminhos e fez o que era mau aos olhos de Deus.
Como os escritos de um homem mau puderam tornar-se parte das Escrituras?
SOLUÇÃO: A razão de qualquer livro estar na Bíblia não se encontra na vida do seu autor
humano, mas é por ter sido um livro inspirado pelo Espírito Santo (2 Tm 3:16; cf. 2 Pe 1:20-21).
Todo autor humano foi um homem pecador. A graça de Deus permitiu que homens fossem usados
para comunicar a revelação de Deus. Salomão pediu ao Senhor a capacidade para julgar Israel e o
discernimento "entre o bem e o mal" (1 Rs 3:9). Os escritos de Salomão estão na Bíblia porque
Deus sobrenaturalmente falou com ele ( 1 Rs 3:10-15) e lhe deu sabedoria para que compartilhasse
com outros. Em resumo, ele foi um profeta ou a boca pela qual Deus falou, por mais imperfeito que
ele tenha sido.

PROVÉRBIOS 8:22-31 - Quem é referido como a "sabedoria" nestes versos?

PROBLEMA: Muitos comentaristas declararam que a pessoa identificada como sabedoria em
Provérbios 8:22-31 é Jesus, porque 1 Coríntios 1:30 afirma que Jesus é a sabedoria de Deus.
Entretanto, embora algumas versões traduzam Provérbios 8:22 como "o Senhor me possuía" (como
o faz a ARA), no hebraico a palavra qanah é normalmente traduzida pelo verbo "criar"*. Ora, se este
versículo é uma referência a Jesus, por que então ele afirma que o Senhor criou a sabedoria? E se a
"sabedoria" em Provérbios não é uma referência a Jesus, então a quem ela se refere?
SOLUÇÃO: Esta passagem não é uma referência direta a nenhuma pessoa. A expressão poética
freqüentemente toma a forma de uma idéia abstrata e a ela se refere como se falasse de uma pessoa.
Isso é chamado de personificação. A sabedoria aqui referida não é uma referência a Jesus. Antes, é a
personificação da virtude ou do caráter da sabedoria com o propósito de causar ênfase e impacto.
Entretanto, como Jesus é a perfeita sabedoria de Deus, é o único que personificou e exemplificou
com perfeição a sabedoria abordada em Provérbios - pois ele é "em quem todos os tesouros da
sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Cl 2:3).

PROVÉRBIOS 11:31 - Os justos recebem o seu galardão nesta vida ou na próxima?

PROBLEMA: Neste versículo Salomão fala como se a pessoa piedosa recebesse o seu galardão na
terra: "Eis que o justo recebe na terra a retribuição; quanto mais o ímpio e o pecador!"(SBTB).
Entretanto, a Bíblia repetidamente fala que o galardão do crente é para o futuro, depois da volta de
Cristo (cf. 1 Co 3:12-15). Jesus disse: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que
tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras" (Ap 22:12).
SOLUÇÃO: As nossas recompensas apenas começam nesta vida - e não se completam até a
próxima vida. Elas são apenas parcialmente distribuídas na vida terrena; elas serão totalmente dadas
no céu. O mesmo é verdade a respeito da punição do ímpio. A mesma justiça que retribui conforme
as obras de cada um neste mundo será aplicada também no mundo que virá. A ira de Deus já está
recaindo sobre descrentes (Jo 3:36), contudo nos é dito para fugir da ira que virá (Mt 3:7).
* Veja a tradução da R-IBB. (N. do T..)

PROVÉRBIOS 12:21 - Deus sempre poupa o justo de desgraças?

PROBLEMA: Em alguns textos a Bíblia promete: "Nenhuma desgraça sobrevém ao justo" (Pv
12:21; cf. 1 Pe 3:13). Mas, em outras passagens, como no caso de Jó, a Bíblia relata como, às vezes,
o justo passa por grandes problemas.
SOLUÇÃO: Dois fatores corroboram para explicar esta aparente contradição. Primeiro, a promessa
em Provérbios é apenas geral, não universal. Por exemplo, a promessa de que os inimigos do justo
com este serão reconciliados por Deus (Pv 16:7) e que com ele estarão em paz certamente não é
universal. Paulo agradou a Deus, contudo os seus inimigos o apedrejaram (Atos 14:19). Certamente
Jesus agradou a Deus, contudo seus inimigos o crucificaram!
Segundo, não é prometido ao crente que ele não passará por nenhuma tribulação. Com
efeito, ele é advertido com as palavras de Jesus: "no mundo, passais por aflições" (Jo 16:33). Deus
deliberadamente permitiu que Jó sofresse uma grande tribulação (Jó 1); permitiu que um homem
nascesse cego para a sua glória (João 9:3); e que o apóstolo Paulo fosse afligido (2 Co 12:7-9).
A promessa para o crente é que nenhum mal permanente ou definitivo lhe acontecerá. Não
há nenhum mal que nos assedie, o qual o Senhor não possa transformar numa bênção ainda maior
(cf. Gn 50:20; Rm 8:28).

PROVÉRBIOS 13:22 - Os crentes são obrigados a deixar uma herança a seus filhos?
(Veja os comentários de 1 Timóteo 5:8.)

PROVÉRBIOS 16:4-Deus fez pessoas destinadas à destruição?

PROBLEMA: Por um lado, a Bíblia fala que os seres humanos têm livre escolha (Mt 23:37; 2 Pe
3:9) e são responsáveis pelo seu próprio destino (Ez 18:20; Jo 3:36). Por outro lado, Salomão
declara: "O Senhor fez... até o perverso, para o dia da calamidade". Com efeito, Paulo fala de alguns
que são "vasos de ira" (Rm 9:22). Como justificar que Deus tenha feito pessoas com o propósito de
destruí-las?
SOLUÇÃO: Deus não cria pessoas com o propósito de destruí-las. Deus ama "o mundo"(Jo 3:16) e
Cristo morreu pelo "mundo inteiro" (1 Jo 2:2). Com efeito, o sangue de Cristo "comprou" até
mesmo os que o negam (2 Pe 2:1), pois Deus não quer "que nenhum pereça" (2 Pe 3:9). Há um
inferno, mas ele não foi preparado para os homens. Jesus disse que ele foi "preparado para o diabo e
seus anjos" (Mt 25:41).
Como então explicar o fato de que Deus fez o perverso para o dia da calamidade? A palavra
"fez"(asah) tem muitos significados no hebraico. Ela pode significar "determinar" ou "instituir" ou
até mesmo "administrar". Deus tem o soberano controle sobre todo o universo. Mesmo quando os
homens pretendem que alguma coisa seja para o mal, Deus pode torná-la para o bem (Gn 50:20).
Neste sentido, "até a ira humana há de louvar-te" (Sl 76:10), pois "sabemos que Deus age em todas
as coisas para o bem daqueles que o amam" (Rm 8:28, NVI).
Assim, até mesmo "o dia da calamidade" é "para" Deus, no sentido de que ele está no
controle e tudo, por fim, será para a sua glória, pois a glória de Deus é magnificada no céu, e a sua
justiça é manifestada no inferno.
Com certeza, é da vontade explícita de Deus que ninguém entre em juízo, mas na sua
soberania Ele determinou ("fez") que até mesmo o juízo sobre o pecado o magnifique. Não
obstante, Deus "deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade" (1 Tm 2:4). Até mesmo os "vasos de ira" foram apenas "preparados para a perdição" (Rm
9:22) porque eles recusaram-se a se arrepender, já que Deus pacientemente "foi longânimo" para
com eles, esperando que chegassem "ao arrependimento" (cf. 2 Pe 3:9).
Em resumo, a vontade explícita de Deus é que todos sejam salvos. Sua vontade permissiva é
que alguns se percam (aqueles que se recusam a arrepender-se). E a vontade providencial de Deus é
que ele por fim fará com que tudo seja bom, até mesmo os males. Neste sentido, todas as coisas são
feitas (isto é, determinadas) para o Senhor.

PROVÉRBIOS 22-24 - Esta seção de Provérbios foi copiada do trabalho egípcio intitulado "A
Sabedoria de Amenêmope"?

PROBLEMA: Um documento egípcio que contém um livro intitulado "A Sabedoria de
Amenêmope" foi descoberto em 1888. Muitas de sua expressões são semelhantes às encontradas em
Provérbios 22-24. Entretanto, se estes capítulos de Provérbios forem simplesmente uma cópia
daquele livro egípcio, então pelo menos esta seção não pode ter sido escrita por Salomão, como é
declarado (cf. 1:1; 25:1).
SOLUÇÃO: Primeiro, não há razão por que Deus não poderia guiar Salomão a usar outras fontes
humanas ao escrever a Palavra de Deus. Outros autores das Escrituras fizeram isso (cf. Lucas 1:1-
4). Entretanto, não é certo que Salomão tenha usado essa fonte egípcia, pois, embora haja sentenças
e expressões bastante semelhantes, o fato é que as diferenças são mais freqüentes que as
semelhanças.
Os dois livros abordam o mesmo assunto de maneira geral, e este fato tão-somente pode ser
a causa das semelhanças. Além disso, um exame mais cuidadoso feito por eruditos revelou que, se
houve cópia, mais provável é que o autor egípcio tenha copiado do texto hebraico, não o inverso.
Em última instância, é claro, Deus é a fonte de toda verdade, não importa onde ela seja encontrada.
Dessa forma, a sabedoria dos provérbios encontrada nestes capítulos deste livro da Bíblia provém
do Espírito Santo, não importando que fonte tenha sido utilizada.

PROVÉRBIOS 22:6 - Como este verso pode ser verdadeiro, já que a experiência nos ensina
que as crianças com freqüência abandonam os princípios em que foram educadas?

PROBLEMA: Segundo Provérbios 22:6, se uma criança é educada no caminho em que deve andar,
ela não se desviará dele mesmo na idade adulta, Entretanto, a experiência demonstra que isso nem
sempre é verdade. A experiência não contradiz, então, este provérbio?
SOLUÇÃO: A experiência não contradiz este provérbio, porque ele é apenas um princípio geral
que permite exceções em casos particulares. Os provérbios não foram feitos como garantias
absolutas quanto ao que dizem. Pelo contrário, eles expressam verdades que nos suprem com
conselhos e diretivas valiosas para uma vida sábia, os quais deveriam ser aplicados à direção de
nossa vida diária.
De modo geral, é uma verdade que a educação diligente de pais piedosos influencie os filhos
a seguirem nessa linha nos anos posteriores. Entretanto, pode haver circunstâncias, características
pessoais e problemas que trabalhem contrariamente à educação que a criança recebeu. O provérbio
encoraja os pais a que cumpram com diligência suas responsabilidades, confiando o futuro na graça
e na soberania de Deus.

PROVÉRBIOS 24:11 - Este verso justifica o fato de quebrar a lei para impedir um aborto?

PROBLEMA: Salomão nos diz: "livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que
cambaleiam indo para serem mortos" (Pv 24:11). Isso então justifica tentativas ilegais de "resgatar"
bebês, impedindo pela força que mulheres grávidas cheguem às clínicas de aborto legalizadas*?
SOLUÇÃO: Esta passagem não justifica quebrar as leis do governo humano, instituído por Deus
(cf. Rm 13:1; 1 Pe 2:13), mesmo que creiamos serem leis injustas. Aos crentes somente é permitido
desobedecer a lei no caso de ela os compelir à prática do pecado, e não no caso de ela permitir que
outra pessoa venha a pecar (veja os comentários de Êx 1:15-21). Se assim não fosse, teríamos de
fechar as portas das igrejas não-cristãs e dos templos não-cristãos, em que há pecado por estarem
adorando falsos deuses. Certamente devemos desobedecer uma lei que nos queira compelir a adorar
* No Brasil, o aborto é ilegal. Há países, contudo, em que essa prátíca já foi legalizada, havendo, inclusive, clínicas
especializadas e que funcionam de conformidade com a lei vigente. (N. do E.)
ídolos (Dn 3), mas não temos de desobedecer uma que permita que outros façam isso.
Além disso, este texto (Provérbios 24) não dá base para tentativas ilegais de "resgates" por
diversas razões. Primeiro, o capítulo não dá respaldo à desobediência civil; ele ordena a obediência
civil: "teme ao Senhor, ... e ao rei" (v. 21), onde o temor implica obediência às suas ordens (cf. Rm
13:1,3 e Tt 3:1).
Segundo, os que estão sendo levados à morte (24:11) são vítimas dos que estão quebrando a
lei; não são eles próprios que estão fazendo isso.
Em outras palavras, quem tentasse impedir um aborto nessas circunstâncias estaria agindo
contrariamente à lei, visto que o aborto legal seria feito de acordo com a lei.
Não há indicação nesta passagem (e em nenhuma outra) de que os crentes tenham o direito
de tomarem, de modo ilegal, os direitos legais dos outros, apenas por crerem pessoalmente que
certas leis sejam injustas. Nessa mesma linha incorreta de raciocínio de tais "resgatadores",
chegaríamos ao ponto de impedir o caminho de qualquer um -de um juiz, do júri ou da polícia -
agindo por nossa conta, se acreditássemos que a condenação seria injusta.
Além disso, se fosse certo "resgatar" vidas pelo fechamento das portas daquelas clínicas,
então por que não nos livrarmos delas jogando bombas sobre elas, destruindo seus suprimentos de
energia, ou até mesmo assassinando as enfermeiras e os médicos envolvidos? Não consideremos
nem mesmo a possibilidade de tal coisa!
A verdade é que dois erros não produzem um acerto, e os fins não justificam os meios,
mesmo sendo um processo ativo ou passivo de desobedecer um governo humano, instituído por
Deus, que tenha estabelecido leis não-compulsórias, que permitem a outros pecar.

PROVÉRBIOS 25:1 - Como pode Salomão ter sido o autor de Provérbios, se os homens de
Ezequias os transcreveram?

PROBLEMA: O livro de Provérbios reivindica a sua autoria como sendo de Salomão (1:1; 10:1).
Judeus conservadores e eruditos cristãos há muito tempo têm atribuído este livro ao rei Salomão.
Entretanto, Provérbios 25:1 fala que os homens do rei Ezequias "transcreveram" esses provérbios,
muito tempo depois da morte de Salomão. Além disso, os dois últimos capítulos indicam terem sido
escritos por Agur (30:1) e pelo rei Lemuel (31:1), e não por Salomão.
SOLUÇÃO: Como Salomão escreveu cerca de 3.000 provérbios (1 Rs 4:32) - muito mais do que se
encontra neste livro - é possível que o livro de Provérbios não tenha sido constituído com base nos
muitos provérbios de Salomão senão após a sua morte. Sondo assim, então Deus foi quem dirigiu
seus servos, que o compilaram de forma a selecionar os que o Senhor queria que constassem em sua
Palavra, a qual tem a sua autoridade.
Também é possível que o próprio Salomão tenha escrito o livro de Provérbios, e que a
referência à transcrição feita pelos homens de Ezequias tenha sido acrescida posteriormente, quando
eles transcreveram o original de Salomão para outro manuscrito. Os dois últimos capítulos podem
ter sido incluídos pelo próprio Salomão, ou acrescidos posteriormente, já que eram também
sabedoria inspirada, tais como as de Salomão, embora tenham sido escritos por outros homens de
Deus, a saber, por Agur (30:1) e por Lemuel (31:1).

PROVÉRBIOS 26:4-5 - Como é que dois mandamentos contraditórios podem ser ambos
corretos?

PROBLEMA: Provérbios 26:4 diz: "Não respondas ao insensato segundo a sua estultícia"; e o
verso 5 nos diz: "Ao insensato responde segundo a sua estultícia". Isso parece ser uma clara
contradição.
SOLUÇÃO: Haveria contradição se esses dois versos não fossem acompanhados das frases que os
seguem. Nós devemos responder ao insensato segundo a sua estultícia "para que não seja ele sábio
aos seus próprios olhos"(v. 5). Mas não devemos responder a ele segundo a sua estultícia para não
nos fazermos semelhantes a ele (v. 4). Em outras palavras, depende das circunstâncias. Às vezes
devemos e às vezes não devemos responder a um insensato. O sábio saberá distinguir essas
ocasiões. E se a alguém falta sabedoria, peça-a a Deus (Tg 1:5).

PROVÉRBIOS 27:22 - A estultícia é corrigível?

PROBLEMA: Provérbios 22:15 ensina que "a estultícia está ligada ao coração da criança, mas a
vara da disciplina a afastará dela". Mas, de acordo com o versículo em questão, a estultícia é
irremediável, porque "ainda que pises o insensato com mão de gral entre grãos pilados de cevada,
não se vai dele a sua estultícia".
SOLUÇÃO: Há duas significativas diferenças nestas passagens. Na primeira está-se falando de
uma criança, que ainda está em condições de ser ensinada. A outra refere-se a um adulto, para quem
não há mais esperança. Além disso, a estultícia corrigível é apenas uma impertinência, ao passo que
a estultícia incorrigível está além da esperança.

PROVÉRBIOS 28:13 - É correto cobrir pecados, ou não?

PROBLEMA: Deus nos adverte que "o que encobre as suas transgressões jamais prosperará" (Pv
28:13). Entretanto, noutro texto o Senhor aprova aqueles que têm os seus pecados cobertos,
dizendo: "Bem-aventurado aquele... cujo pecado é coberto" (Sl 32:1).
SOLUÇÃO: Para responder, várias diferenças cruciais devem ser observadas. Primeiro, aquele que
procura cobrir o seu próprio pecado é condenado, mas aquele que o confessa e que deixa Deus
cobrir o seu pecado para si é abençoado. Segundo, no primeiro caso, Deus está condenando
encobrir de maneira não justificada o pecado. Na outra passagem, trata-se de um meio de remissão
ou de expiação dado por Deus. Terceiro, uma passagem condena todo aquele que procura encobrir
o seu próprio pecado. A outra aprova aqueles que permitiram que Deus cobrisse seu pecado pela
expiação por meio do sangue.

PROVÉRBIOS 30:30 - Se todas as feras têm medo do homem, por que os leões não temem o
homem?

PROBLEMA: Deus disse a Noé: "pavor e medo de vós virão sobre todos os animais da terra" (Gn
9:2). Entretanto, tal não é o caso, já que até mesmo Provérbios 30:30 admite que o leão "não se
desvia diante de ninguém" (R-IBB).
SOLUÇÃO: Algumas considerações nos ajudarão a entender esta questão. Primeiro, o "ninguém"
pode estar referindo-se a outras feras, e não ao ser humano. Segundo, a menos que estejam
desesperadamente esfomeadas, ou defendendo sua prole ou o seu território, as feras se desviam dos
seres humanos. Terceiro, quaisquer exceções que possam ocorrer servem apenas para confirmar a
regra de que a presença do homem normalmente intimida as formas inferiores de vida.

PROVÉRBIOS 31:6 - Este verso nos encoraja a beber bebidas alcoólicas fortes?

PROBLEMA: Por um lado a Bíblia fala contra a bebida forte, declarando ser ela escarnecedora e
alvoroçadora (Pv 20:1). Por outro lado, Salomão declara: "Dai bebida forte aos que perecem, e
vinho aos amargurados de espírito". Isso não nos encoraja a beber bebidas alcoólicas fortes?
SOLUÇÃO: A Bíblia condena com vigor o abuso de se beber socialmente a bebida forte (veja os
comentários de 1 Timóteo 5:23), mas não o seu uso medicinal. Aqui é claro que se trata de um uso
medicinal, já que se diz que a bebida deve ser dada àqueles "que perecem", ou que estejam com
profunda dor ou em choque ("amargurados de espírito" ou em "pobreza", v. 7). O uso da bebida
desta forma e com este propósito não é proibido nas Escrituras.
Com efeito, o álcool corretamente ministrado tem poder de cura tanto no interior do corpo (1
Tm 5:23) como no seu exterior (Lc 10:34). Mas o abuso da bebida forte e o cair em embriaguez é
proibido nas Escrituras (cf. 1 Co 5:11; 1 Tm 3:8).

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