ISAÍAS
ISAÍAS
1:1 - Não foi demonstrado que Isaías na verdade são dois ou mais
livros, e que ele não
foi
totalmente escrito por um mesmo Isaías no século VIII a.C.?
PROBLEMA:
A posição
tradicional quanto ao livro de Isaías é que ele foi escrito por
Isaías, filho
de
Amoz, entre 739 e 681 a.C. Entretanto, críticos da atualidade têm
argumentado que Isaías na
verdade
é composto pela junção de pelo menos dois livros. O que tem sido
chamado de 1 Isaías
engloba
os capítulos de 1 a 39; enquanto que 2 Isaías abrange os capítulos
de 40 a 66. Este livro é
então
a junção de dois ou mais livros, ou trata-se de um único livro,
que foi escrito por um
determinado
profeta de nome Isaías, que viveu no século VIII a.C.?
SOLUÇÃO:
A posição
tradicional quanto ao livro de Isaías - de que ele foi uma única
obra escrita
pelo
profeta Isaías - apóia-se em vários argumentos. Primeiro, a
posição crítica que divide Isaías em
dois
ou mais livros baseia-se na suposição de que não exista o que se
chama de profecia preditiva.
Eruditos
da atualidade declaram que as profecias dos capítulos 40 a 55
relativas ao rei Ciro
devem
ter sido escritas depois do reinado dele na Pérsia. Esta visão é
contrária ao sobrenatural e
procura
explicar esses capítulos de Isaías como relato histórico e não
como uma profecia preditiva.
Entretanto,
como Deus sabe desde o princípio o que por fim vai acontecer (Is
46:10), não é
absolutamente
necessário ter-se que negar o elemento sobrenatural nas profecias de
Isaías.
Segundo,
as diferenças entre as duas partes do livro podem ser explicadas de
outras
maneiras
que não a teoria de que houve dois autores. Os capítulos 1 a 39
preparam o leitor para as
profecias
contidas nos capítulos 40 a 66. Sem esses capítulos preparatórios,
a última seção do livro
não
faria muito sentido.
Os
capítulos de 1 a 35 advertem quanto à ameaça de destruição do
povo de Deus
representada
pela Assíria. Os capítulos 36 a 39 constituem uma transição da
seção anterior para os
capítulos
40 a 66, antevendo a invasão de Senaqueribe (capítulos 36-37) e
contemplando o declínio
espiritual
do passado, que veio a causar a queda de Jerusalém (capítulos
38-39). Esses quatro
capítulos
intermediários não se acham em ordem cronológica porque o autor
faz uso deles a fim de
preparar
o leitor para o que se segue.
Terceiro,
as diferenças nas palavras e no estilo entre as duas seções do
livro têm sido usadas
como
argumento pelos críticos eruditos para suas declarações de que são
pelo menos dois livros
diferentes.
Entretanto, essas diferenças não são assim tão grandes como se
tem dito, e aquelas que
realmente
ocorrem podem ser explicadas como decorrentes do fato de que o
assunto e, portanto, a
ênfase
são diferentes.
Nenhum
autor escreve seguindo exatamente um mesmo estilo nem empregando
precisamente
o mesmo vocabulário, quando aborda diferentes assuntos. Entretanto,
certas frases são
encontradas
nas duas seções, o que atesta a unidade do livro. Por exemplo, o
título "o Santo de
Israel"
é encontrado doze vezes nos capítulos 1 a 39 e quatorze vezes nos
capítulos 40 a 66. A
seguir
temos uma ilustração de tais semelhanças:
CAPÍTULOS
1-39 CAPÍTULOS 40-66
1:15
- "...as vossas mãos estão cheias de
sangue."
59:3
- "Porque as vossas mãos estão
contaminadas
de sangue."
28:5
- "...será a coroa de glória e o formoso
diadema
para os restantes de seu povo."
62:3
- "Serás uma coroa de glória na mão do
Senhor,
um diadema real na mão do teu Deus."
35:6
- "...pois águas arrebentarão no deserto, e
ribeiros,
no ermo."
41:18
- "...tornarei o deserto em açudes de águas
e
a terra seca, em mananciais."
Quarto,
em Lucas 4:17 vemos que, ao levantar-se o Senhor para ler na
sinagoga, "lhe deram
o
livro do profeta Isaías". As pessoas da sinagoga e o próprio
Jesus admitiram que este livro era do
profeta
Isaías. Outros autores do NT também aceitaram Isaías como o autor
do livro todo. João
12:38
afirma que Isaías foi quem fez a declaração que se encontra em
Isaías 53:1. Outros exemplos
de
passagens do NT que atribuem textos dos capítulos 40 a 66 a Isaías
incluem: Mt 3:3 (Is 40:3),
Mc
1:2-3 (Is 40:3), Jo 1:23 (Is 40:3), Mt 12:17-21 (Is 42:1-4), At
8:32-33 (Is 53:7-8) e Rm 10:16 (Is
53:1).
Quinto,
os Papiros do Mar Morto incluem uma cópia completa do livro de
Isaías, e não há
interrupção
alguma entre os capítulos 39 e 40. Isso significa que a comunidade
de Qumran aceitava
a
profecia de Isaías como sendo um único livro, no século II a.C. A
versão grega da Bíblia hebraica,
que
também data do século II a.C., considera o livro de Isaías como um
único livro, escrito por um
único
autor, o profeta Isaías.
ISAÍAS
1:11-13 - O profeta Isaías desabona o sistema de sacrifícios
estabelecido por meio de
Moisés?
(Veja
os comentários de Oséias 6:6.)
ISAÍAS
7:14 - Este versículo é uma profecia do nascimento virginal de
Jesus Cristo?
PROBLEMA:
A profecia de Isaías
7:14 refere-se à concepção de uma virgem e ao nascimento de
um
filho cujo nome seria Emanuel. Entretanto, o versículo 16 parece
colocar o nascimento de tal
criança
antes da invasão dos exércitos da Assíria e da queda de Samaria,
que ocorreu em 722 a.C., e
Isaías
8 parece ser o cumprimento dessa profecia. Como então pode ser essa
uma profecia sobre o
nascimento
virginal de Jesus?
SOLUÇÃO:
Esta profecia pode
ter tido um duplo cumprimento. Devido ao estado desesperador em
que
se encontrava o povo de Israel, Deus prometeu dar-lhe um sinal de que
ele libertaria por fim o
seu
povo da escravidão. Muitos eruditos acreditam que esse sinal veio
sob duas formas. Primeiro,
como
um sinal da libertação física de Israel da escravidão a que
estariam se submetendo com a
invasão
dos assírios. Segundo, como um sinal da libertação espiritual da
escravidão a Satanás.
O
primeiro aspecto desse sinal foi cumprido com o nascimento de
Rápido-Despojo-Presa-
Segura,
como registrado em Isaías 8:3. O segundo aspecto desse sinal foi
cumprido com o
nascimento
de Jesus Cristo em Belém, como registrado no Evangelho.
A
palavra que corresponde a "virgem" (almah)
refere-se a uma
jovem que nunca manteve
relação
sexual com um homem. A esposa de Isaías que teve a criança em
cumprimento do primeiro
aspecto
da profecia era virgem até ter concebido de Isaías. Entretanto, de
acordo com Mateus 1:23-
25,
Maria, mãe de Jesus, era virgem mesmo quando concebeu e deu a luz
Jesus. A concepção física
e
o nascimento do filho de Isaías foi um sinal a Israel de que Deus os
libertaria da escravidão física
em
relação aos assírios. Mas a concepção sobrenatural e o
nascimento do Filho de Deus foi um sinal
a
todo o povo de Deus de que o Senhor os libertaria da escravidão
espiritual do pecado e da morte.
ISAÍAS
9:6 - Por que Jesus é chamado de 'Pai da Eternidade", se ele é
o Filho de Deus?
PROBLEMA:
A tradicional
doutrina da Trindade sustenta que Deus é uma só essência em três
Pessoas
- o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Entretanto, Isaías 9:6 chama o
Messias de "Pai da
Eternidade".
Como Jesus pode ser tanto o Pai como o Filho?
SOLUÇÃO:
Este versículo não
é uma fórmula trinitariana que chama Jesus Cristo de Pai. A
primeira
parte do versículo 6 faz referência à encarnação de Jesus. A
parte que relaciona os nomes
pelos
quais ele é chamado expressa o relacionamento dele com o seu povo.
Ele é para nós o
Maravilhoso
Conselheiro, o Deus Forte, o Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz.
Com
este enfoque, vemos que Jesus é aquele que nos dá a vida eterna.
Por meio de sua
morte,
sepultamento e ressurreição, ele trouxe à luz vida e imortalidade.
Verdadeiramente ele é o
Pai
da eternidade para o seu povo. O nome "Pai da Eternidade"
quer dizer que, tal como o pai
amoroso
tudo provisiona a seus filhos, assim também Jesus nos ama e nos
provisionou, dando-nos
vida
eterna.
ISAÍAS
14:12 - Quem é Lúcifer neste versículo?
PROBLEMA:
Muitos comentaristas
consideram esta passagem como uma referência a Satanás,
porque
algumas versões (como a Vulgata) traduzem "filho da alva"
com o nome "Lúcifer".
Entretanto,
segundo Isaías 14:4, toda esta passagem, que vai de 14:4 até 14:27,
é um provérbio
contra
o rei da Babilônia. Como pode ser então uma referência a Satanás,
já que é uma profecia
contra
o rei da Babilônia?
SOLUÇÃO:
Esta passagem é
literalmente uma referência ao rei da Babilônia, mas o seu
significado
inclui a derrota final e a queda de Satanás. Muitas são as opiniões
quanto à identidade
desse
rei da Babilônia. Alguns propõem que seja uma referência a
Senaqueribe, um cruel inimigo
do
povo de Deus. Outros vêem uma figura poética que personifica o
reino da Babilônia como um
todo.
A
palavra hebraica que corresponde a "Lúcifer" neste
versículo tem o sentido de "brilhante",
como
traduz a TLH: "Rei da babilônia, brilhante estrela da manhã",
Porque o rei da Babilônia
desejou
elevar-se como se fosse Deus, sua queda seria como se fosse do céu.
Os
paralelos entre esta passagem e outras do NT, tais como Lucas 10:18 e
Apocalipse 20:2
indicam
que ela pode ter uma aplicação mais ampla. A profecia foi dada
àqueles que viviam nos
dias
de Isaías, e seu significado foi imediato para eles. Deus estava
prometendo-lhes que seu
inimigo,
o rei da Babilônia e o próprio império que lhes era maléfico,
seria por fim derrubado.
Contudo,
podemos tomar esta profecia como sendo uma descrição da derrota
final do príncipe do
mal
que governa neste mundo, a quem por fim Deus destruirá (Ap 20:10).
ISAÍAS
21:7 - Esta passagem prediz a vinda de Maomé?
PROBLEMA:
Alguns muçulmanos
consideram que aquele que vai nos "jumentos" é Jesus, e
que
aquele
que vai nos "camelos" é Maomé, que crêem ter suplantado
Jesus.
SOLUÇÃO:
Esta é uma
especulação totalmente infundada, não tendo base no texto nem no
contexto.
Na verdade, a passagem está falando da queda da Babilônia (v.9), e
as notícias de sua
queda
espalharam-se de várias maneiras, ou seja, por meio dos que foram em
cavalos, em jumentos
e
em camelos. Não há absolutamente nada a respeito de Maomé neste
versículo.
ISAÍAS
26:14 - Esta passagem contradiz o ensino bíblico da ressurreição?
(Veja
os comentários de Jó 7:9.)
ISAÍAS
30:26 - A luz do sol e da lua aumentará ou diminuirá no reino
futuro?
PROBLEMA:
Isaías faz duas
previsões aparentemente contraditórias entre si. Uma é que a luz
dos
corpos
celestes será sete vezes maior (Is 30:26). Outra é que sua luz "se
envergonhará" diante da luz
do
Senhor (Is 24:23).
SOLUÇÃO:
Alguns eruditos
acreditam que essas são previsões poéticas mutuamente compatíveis,
que
dizem que, embora a luz do sol e da lua seja aumentada várias vezes
(talvez de forma figurada),
não
obstante a luz do Senhor prevalecerá sobre ela.
Outros
consideram essas previsões como referentes a dois eventos futuros
diferentes.
Sustentam
que a luz natural dos corpos celestes será aumentada durante os "mil
anos" (Ap 20:4-6)
do
reino de Cristo. Depois disso, quando "novo céu e nova terra"
(Ap 21:1) tiverem sido criados, se
cumprirá
a palavra: "a cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para
lhe darem claridade, pois a
glória
de Deus a iluminou" (Ap 21:23).
ISAÍAS
40:5-O ímpio verá a glória de Deus?
PROBLEMA:
Isaías declara que
"a glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a vera"
(Is
40:5).
Entretanto, anteriormente ele mesmo declarou que o ímpio "não
atenta para a majestade do
Senhor".
Como conciliar estas duas afirmações?
SOLUÇÃO:
Primeiro, a resposta
recai sobre o fato de que o ímpio voluntariamente
não reconhece
a
glória de Deus, como os justos o fazem. Além disso, no
tempo presente o
ímpio não reconhece a
majestade
de Deus, mas um dia todo joelho - dos justos e dos ímpios - se
dobrará perante ele (Is
45:23;
cf. Fp 2:10). Com esse entendimento, não há desarmonia alguma entre
esses dois textos.
ISAÍAS
40:25 - Se nada se compara a Deus, então como o homem pode ser a
imagem de
Deus?
PROBLEMA:
Isaías escreveu: "A
quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? - diz o
Santo".
Contudo a Bíblia diz: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem"
(Gn 1:27).
SOLUÇÃO:
Isaías não está
negando toda semelhança entre Deus e suas criaturas. De fato, a
Bíblia
afirma
também: "O que fez o ouvido, acaso, não ouvirá? E o que
formou os olhos será que não
enxerga?"
(Sl 94:9), Com efeito, Deus se reflete no espelho da sua criação
(cf. Sl 19:1; Rm 1:19-
20).
Isaías está afirmando simplesmente que o Deus transcendente é mais
do que a sua
criação,
embora
ele não seja totalmente dissemelhante
dela.
ISAÍAS
44:28 - Como Isaías pôde usar termos tão específicos para
referir-se a um rei que
viveria
cerca de 200 anos depois?
PROBLEMA:
Em Isaías 44:28 e
45:1, o profeta cita especificamente o nome de Ciro, ligando-o à
futura
restauração de Israel e ao assentamento das fundações do templo.
Entretanto, Isaías
desempenhou
o seu ministério entre 739 e 681 a.C., ao passo que Ciro veio a ser
rei da Pérsia em
539
a.C. Há entre eles um período de pelo menos 150 anos. Como Isaías
pôde mencionar até
mesmo
o nome de Ciro, muito antes de sua existência?
SOLUÇÃO:
Este é um exemplo
de profecia sobrenatural. Embora Isaías não tivesse poder para
olhar
para o futuro, Deus certamente possui esse poder e declara: "desde
o princípio anuncio o que
há
de acontecer" (Is 46:10). Deus não somente sabe quem assumirá
o poder, mas "o Altíssimo tem
domínio
sobre o reino dos homens e o dá a quem quer" (Dn 4:32). É Deus
quem estabelece reinos, e
é
ele quem os desfaz. Não é de se admirar, portanto, que o Senhor
seja capaz de citar o nome de um
rei
quase 200 anos antes de ele subir ao seu trono. (Veja os comentários
de Daniel 1:1.)
ISAÍAS
45:7 - Deus é o autor do mal?
PROBLEMA:
De acordo com este
versículo, Deus forma a luz e cria as trevas, faz a paz e cria o
mal
(cf. também Jr 18:11 e Lm 3:38; Am 3:6). Mas muitos outros textos
das Escrituras nos
informam
que Deus não é mau (1 Jo 1:5), que ele não pode nem mesmo ver o
mal (Hc 1:13), nem
pode
ser tentado pelo mal (Tg 1:13).
SOLUÇÃO:
A Bíblia é clara
ao dizer que Deus é moralmente perfeito (cf. Dt 32:4; Mt 5:48), e
que
lhe
é impossível pecar (Hb 6:18). Ao mesmo tempo, sua absoluta justiça
exige que ele puna o
pecado.
Este juízo assume ambas as formas: temporal e eterna (Mt 25:41; Ap
20:11-15).
Na
sua forma temporal, a execução da justiça de Deus às vezes é
chamada de "mal", porque
parece
ser um mal aos que estão sujeitos a ela (cf. Hb 12:11). Entretanto,
a palavra hebraica
correspondente
a "mal" (rá)
empregada no texto
nem sempre tem o sentido moral. De fato, o
contexto
mostra que ela deveria ser traduzida como "calamidade" ou
"desgraça", como algumas
versões
o fazem (por exemplo, a BJ). Assim, se diz que Deus é o autor do
"mal" neste sentido, mas
não
no sentido moral - pelo menos não de forma direta.
Além
disso, há um sentido indireto no qual Deus é o autor do mal em seu
sentido moral.
Deus
criou seres morais com livre escolha, e a livre escolha é a origem
do mal de ordem moral no
universo.
Assim, em última instância Deus é responsável por fazer criaturas
morais, que são
responsáveis
pelo mal de ordem moral. Deus tornou o mal possível
ao criar criaturas
livres, mas
estas
em sua liberdade fizeram com que o mal se tornasse real.
E claro que a
possibilidade do mal
(i.e.,
a livre escolha) é em si mesma uma boa coisa.
Portanto,
Deus criou apenas boas coisas, uma das quais foi o poder da livre
escolha, e as
criaturas
morais é que produziram o mal. Entretanto, Deus é o autor de um
universo moral, e neste
sentido
indireto, ele, em última instância, é o autor da possibilidade do
mal. É claro, Deus apenas
permitiu
o mal, jamais o
promoveu, e por fim
irá produzir um bem maior através dele (cf. Gn 50:20;
Ap
21-22).
A
relação de Deus com o mal pode ser resumida da seguinte maneira:
DEUS
NÃO É O AUTOR DO MAL - DEUS É O AUTOR DO MAL
No
sentido de pecado - No sentido de calamidade
Mal
de ordem moral - Mal de ordem não moral
Perversidade
- Pragas
Diretamente
- Indiretamente
Concretização
do mal - Possibilidade do mal
ISAÍAS
53:3 - Jesus foi desprezado pelos homens, ou foi respeitado por eles?
PROBLEMA:
Segundo Isaías,
Jesus foi "desprezado e o mais rejeitado entre os homens".
Contudo,
no Evangelho, até mesmo os inimigos do Jesus pareciam respeitá-lo,
como fez Pilatos ao
dizer:
"Eu não acho nele crime algum" (Jo 18:38). Os soldados
romanos que crucificaram Jesus
exclamaram:
"Verdadeiramente, este homem era justo" (Lc 23:47). De
fato, Lucas diz que Jesus
"crescia
em... graça, diante do Deus e dos homens" (Lc 2:52). Qual é a
verdade, então: Jesus foi
respeitado
ou desprezado?
SOLUÇÃO:
Ambas as colocações
são verdadeiras. De uma maneira geral, ele foi respeitado por
seus
amigos e rejeitado por seus inimigos.
Ele foi honrado por
seus discípulos, mas crucificado por
seus
inimigos.
Além
disso, em geral Jesus foi mais aceito no seu ministério inicial,
mas o antagonismo
tornou-se
mais intenso no seu ministério posterior.
Assim, depende de
quem esteja falando e a que
período
esteja se referindo, no que diz respeito à questão de Jesus ter
sido desprezado ou respeitado.
ISAÍAS
56:5 - Isaías previu que haveria homossexuais no reino?
PROBLEMA:
De acordo com alguns
intérpretes partidários do homossexualismo, Isaías 56:5
profetizou
que homossexuais seriam trazidos ao reino de Deus. O Senhor disse:
"darei na minha
casa
e dentro dos meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e
filhas; um nome
eterno
darei a cada um deles, que nunca se apagará". Isto deve ser
entendido como uma previsão do
dia
em que os homossexuais serão aceitos no reino de Deus?
SOLUÇÃO:
A Bíblia não faz
previsão alguma quanto a homossexuais serem aceitos no reino de
Deus.
Em primeiro lugar, a profecia de Isaíais é sobre "eunucos"(v.
3), e não homossexuais. E
eunucos
são assexuados, e não homossexuais.
Segundo,
os "eunucos" de que o texto trata provavelmente são
espirituais, não físicos. Jesus
falou
de "eunucos" espirituais que tinham renunciado à
possibilidade do casamento em virtude do
reino
de Deus (Mt 19:11-12).
Terceiro,
este é um clássico exemplo de se ler no texto as próprias crenças
(isogese), ao
invés
de tirar o sentido do próprio texto (exegese). É a mesma coisa de
que os homossexuais
acusam
os heterossexuais de estarem fazendo com as Escrituras.
Finalmente,
a Bíblia diz enfaticamente que "nem adúlteros, nem
homossexuais... herdarão o
Reino
de Deus" (1 Co 6:9,
NVI). As Escrituras
repetida e consistentemente condenam as práticas
homossexuais
(veja os comentários de Levítico 18:22; Romanos 1:26). Deus ama
todas as pessoas,
inclusive
os homossexuais; mas detesta o homossexualismo.
ISAÍAS
57:15 - Deus habita na eternidade ou com os homens?
PROBLEMA:
Isaías fala de Deus
como "o Alto, o Sublime, que habita a eternidade". Contudo
João
declara: "Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus
habitará com eles" (Ap 21:3). Deus
está
na eternidade ou habita entre os homens?
SOLUÇÃO:
Deus está nessas
duas situações. Ele está "lá", como também está
"aqui". Em termos
técnicos,
o Senhor tanto transcende o universo como também é imanente a ele.
Tudo o que é de
Deus
acha-se em toda parte, no céu e na terra (Sl 139:7-10). Ele está
acima de tudo e em tudo. Ele
criou
o universo e manifestou-se em sua criação, mas ele não se
identifica com o universo (Cl 1:15-
16).
Deus está no mundo, mas Deus não é o mundo. Como um pintor e a sua
pintura, Deus pôs algo
de
si mesmo em sua criação, mas Ele ainda é muito mais do que ela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem-vindo! Por favor, nada de ofensas, zombaria, blasfêmias, sejamos civilizados :)