DANIEL
DANIEL
1:1a - O livro de Daniel não foi de fato escrito posteriormente ao
ano 170 a.C.?
PROBLEMA:
Daniel contém uma
quantidade incrível de detalhes concernentes aos reinos
gentílicos,
partindo de Nabucodonosor, por volta de 605 a.C, até o império
romano, cujo domínio se
iniciou
cerca de 241 a.C. e que, sob o comando do general romano Pompeu,
conquistou a Terra
Prometida
em 63 a.C. Entretanto, eruditos conservadores têm mantido a posição
de que este livro
foi
escrito por Daniel no século V' a.C. Como Daniel poderia ter
descrito todos esses dados tão
precisos
de acontecimentos do futuro?
SOLUÇÃO:
O livro de Daniel
contém profecias sobrenaturais que partiram do tempo de Daniel, e
estenderam-se
centenas de anos à frente (Dn2:7). Daniel 11 apresenta uma amplitude
de detalhadas
profecias,
que vão desde o reinado de Ciro, o Grande, ao reinado do anticristo,
do milênio, e até ao
fim
dos tempos e à eternidade. O registro do movimento de nações e de
eventos é tão preciso, que
soa
como se fosse um relato de fatos históricos do passado, narrados por
uma testemunha ocular.
Entretanto,
os eruditos conservadores fixam para o livro de Daniel uma data
anterior a todos esses
eventos.
O próprio livro reivindica ser uma previsão profética (cf.
9:24ss).
Para
evitar a conclusão de que a profecia de Daniel foi decorrente de uma
revelação
sobrenatural
dada por Deus, eruditos da atualidade propuseram uma série de
explicações, incluindo
uma
datação posterior. Entretanto, a precisão histórica do registro
feito por Daniel confirma ter sido
uma
obra do século VI a.C, e a melhor conclusão é a de que o livro de
Daniel é uma revelação de
Deus
sobre eventos históricos que para o profeta estavam no futuro. Para
nós, muitos deles ainda
hoje
estão no futuro,
DANIEL
1:1b - A data da invasão de Nabucodonosor está em contradição com
a que é citada
em
Jeremias 46:2?
PROBLEMA:
O livro de Daniel,
em seu início, menciona que a invasão de Nabucodonosor
ocorreu
no terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá. Entretanto,
segundo Jeremias 46:2, a
invasão
de Nabucodonosor aconteceu durante o quarto ano do reinado de
Jeoaquim de Judá. Qual a
data
correta?
SOLUÇÃO:
Ambas as afirmações
estão corretas. A diferença é decorrente do fato de haver dois
sistemas
de calendários, e cada profeta usou um. Daniel empregou o calendário
Tishri (por
volta de
outubro),
que era o primeiro mês do ano no calendário hebraico. Jeremias,
cuja profecia era
referente
à iminente invasão dos exércitos assírios, empregou o calendário
dos assírios, que
destacava
Nisan (por
volta de abril) como o primeiro mês do ano.
Jeoaquim
assumiu o trono no mês de Tishri
em 609 a.C. O
reconhecimento oficial do
primeiro
ano de um rei começa no primeiro dia do ano novo, Tishri
1. Como Jeoaquim
tornou-se rei
de
Judá vários dias após o primeiro dia do ano novo, oficialmente o
seu primeiro ano de reinado só
foi
reconhecido no primeiro dia do ano seguinte. Para Daniel, isso
significava que o primeiro ano
oficial
de Jeoaquim somente teve início no primeiro dia de Tishri,
quase um ano depois.
Para
Jeremias,
o primeiro ano de Jeoaquim começou oficialmente cerca de seis meses
depois, no
primeiro
dia de Nisan.
A
invasão de Nabucodonosor aconteceu no verão de 605 a.C, entre os
meses de Nisan
e
Tishri.
Isso significa que,
de acordo com a contagem de Daniel, oficialmente era ainda o terceiro
ano
do reinado de Jeoaquim; mas, segundo a contagem de Jeremias, já era
o seu quarto ano como
rei
de Judá.
Não
há contradição alguma entre os dois relatos.
DANIEL
2:2 - Por que neste versículo Daniel se refere aos caldeus como um
grupo de sábios,
se
mais adiante ele os tem como um povo?
PROBLEMA:
Quando Daniel se
refere àqueles que Nabucodonosor convocou para interpretar o
seu
sonho, ele os identifica como magos, astrólogos, feiticeiros e
caldeus. Cada um desses era um
grupo
de sábios, que assistiam como conselheiros de Nabucodonosor.
Entretanto, em 5:30, Davi, ao
referir-se
a Belsazar como rei dos caldeus, faz menção deles como um grupo
étnico.
SOLUÇÃO:
Isso não é uma
contradição. Embora esses dois versículos empreguem a mesma
palavra,
kasdim, ela
tem dois usos distintos na língua hebraica. Pode referir-se a uma
certa classe de
astrólogos,
tal como ocorre em Daniel 2:2, mas pode referir-se também aos
caldeus como um grupo
étnico,
conforme Daniel 5:30.
Devido
à sua passagem por várias línguas e culturas, o que originalmente
começou com a
palavra
sumeriana Gal-du,
que era aplicada aos
astrólogos e tinha o sentido de "senhor construtor",
por
fim vfeio a se confundir com a palavra hebraica que descrevia um
determinado povo, os caldeus
(kasdim).
Conseqüentemente,
Daniel emprega a mesma palavra com dois sentidos que eram usuais.
DANIEL
3:12 - Se Daniel era fiel a Deus, por que não se recusou a dobrar-se
diante dessa
imagem,
também?
PROBLEMA:
No primeiro
capítulo, Daniel e os três outros jovens recusaram-se a fazer
qualquer
coisa
que violasse sua consciência (cf. Dn 1:8ss). Entretanto, segundo Dn
3:12, apenas os três
jovens
recusaram-se a dobrar-se perante aquela imagem. Por que Daniel também
não se recusou a
praticar
esse ato de idolatria?
SOLUÇÃO:
Certamente ele teria
se recusado a isso, se estivesse lá. Mas não há absolutamente
referência
alguma quanto a Daniel estar presentes Como ele era um oficial do
governo (cf. Dn
1:19),
é possível que ele estivesse fora da capital, tratando de algum
negócio, quando tal incidente
ocorreu.
Sabemos com certeza que posteriormente (Dn 6) ele permaneceu firme em
suas convicções
espirituais,
mesmo sob a ameaça da morte. Assim, caso ele tivesse estado
presente, podemos ter
certeza
de que ele teria rejeitado participar de tal ato de idolatria.
DANIEL
5:1 - Como Daniel pôde dizer que o último rei da Babilônia foi
Belsazar, se a história
registra
que foi Nabonido?
PROBLEMA:
Daniel 5 registra a
queda da Babilônia e identifica o rei babilônico como Belsazar.
Entretanto,
nem historiadores gregos nem babilônicos registram a existência de
tal pessoa. Na
verdade,
historiadores antigos relatam que o último rei do império
babilônico foi Nabonido. Então o
registro
de Daniel está errado?
SOLUÇÃO:
O registro histórico
de Belsazar feito por Daniel foi recentemente confirmado por uma
evidência
arqueológica. Nabonido foi rei da Babilônia de 556 a
539 a.C. Entretanto,
de acordo com
um
documento em escrita cuneiforme, conhecido como "Relato Persa em
Versos de Nabonido", no
terceiro
ano do seu reinado, por volta de 553 a.C, Nabonido deixou a
Babilônia, numa longa
viagem,
deixando o governo nas mãos de seu filho primogênito, Belsazar.
Quando Ciro derrotou a
Babilônia,
Nabonido achava-se em Tema, no norte da Arábia. Como Belsazar era
subordinado a
Nabonido,
o seu nome foi esquecido, porque os historiadores antigos, tanto
babilônicos como
gregos,
referiam-se aos reinados oficialmente constituídos. O registro de
Daniel foi assim
comprovado
como sendo surpreendentemente preciso.
DANIEL
5:31 - Como o livro de Daniel pode ser inspirado se ele faz
referência a um homem
que
os eruditos modernos dizem que nunca existiu?
PROBLEMA:
De acordo com Daniel
5:31, o reino de Belsazar caiu diante dos exércitos invasores,
e
Dario, o medo, se apoderou dele. Entretanto, eruditos modernos
rejeitaram a precisão histórica do
livro
de Daniel. Eles argumentam que Dario, o medo, jamais existiu, uma vez
que não há menção
de
tal pessoa nos documentos antigos. Trata-se então de um erro no
relato histórico de Daniel?
SOLUÇÃO:
Assim como aconteceu
com o registro histórico de Belsazar, que os eruditos
modernos
tinham rejeitado até que a evidência arqueológica deu ganho de
causa ao preciso relato de
Daniel,
também nessa passagem Daniel registra a existência de um homem que
outros historiadores
antigos
omitem.
Alguns
eruditos modernos declaram que o autor do livro de Daniel
erroneamente considerou
que
tinham sido os medos que conquistaram a Babilônia, em vez dos
persas. Alegam que ele
confundiu
Dario I, rei da Pérsia (521-486 a.C), com o conquistador da
Babilônia, e identificou essa
pessoa
como sendo Dario, o medo. Entretanto, não há por que presumir que o
livro de Daniel esteja
incorrendo
em erro. Dario, o medo, não é a mesma pessoa que Dario I da Pérsia.
Ele era
subordinado
a Ciro, o Grande. Textos cuneiformes referem-se a Dario, o medo, como
Gubaru, que
foi
designado por Ciro para governar toda a Babilônia. A tendência de
negar a precisão histórica de
Daniel
simplesmente por não haver no presente informações históricas que
confirmem o registro
bíblico
provém de preconceitos contra o sobrenatural, por parte desses
eruditos modernos. O
registro
histórico de Daniel comprovadamente tem se mostrado uma confiável
fonte de informação.
DANIEL
10:1 - Daniel continuou até o primeiro ou o terceiro ano de Ciro?
PROBLEMA:
Daniel 1:21 declara
que "Daniel continuou até ao primeiro ano do rei Ciro".
Mas
Daniel
10:1 diz que ele ainda estava lá até o "terceiro ano de Ciro,
rei da Pérsia".
SOLUÇÃO:
A primeira passagem
(Dn 1:21) não diz que Daniel não continuou a viver por mais
tempo.
Ela simplesmente observa que ele viveu até aquele glorioso ano em
que os judeus exilados
receberam
permissão para voltar para a sua terra (cf. Ed 1:3). A segunda
passagem (Dn 10:1)
observa
que Daniel viveu ainda além daquele tempo.
Além
disso, a palavra "continuou" pode dar a entender que ele
reteve a sua posição no
governo
ou que permaneceu na Babilônia. Embora ele ainda fosse vivo depois
que Ciro assumiu o
reinado,
isso não quer dizer que ele permaneceria necessariamente em seu
posto nó governo
babilônico
(cf. Dn 1:19), uma vez que os medos e persas haviam tomado o controle
do país.
DANIEL
12:2 - A ressurreição será parcial ou universal?
PROBLEMA:
Alguns textos das
Escrituras deixam a impressão de que somente alguns serão
ressuscitados
de entre os mortos. Daniel diz: "Muitos
dos que dormem no pó
da terra ressuscitarão"
(Dn
12:2). O NT com freqüência refere-se à ressurreição "de
entre" (no grego, "ek")
os mortos,
dando
a entender que nem todos ressuscitarão (por exemplo, Lc 20:35; At
4:2; Rm 1:4; 1 Co 15:12).
SOLUÇÃO:
Ocorrerão ambas:
uma ressurreição parcial e mais tarde uma ressurreição completa.
Há
dois tipos de ressurreição: a dos "justos" e
posteriormente a ressurreição dos "injustos" (At
24:15).
Primeiro, "os que tiverem feito o bem" ressuscitarão, e
depois "os que tiverem praticado o
mal"
(Jo 5:29).
João
nos informa que essas duas ressurreições são separadas por "mil
anos". A "primeira
ressurreição"
é anterior aos mil anos (Ap 20:6). Esta é a ressurreição dos
salvos, que "viveram e
reinaram
com Cristo durante mil anos" (v. 4). Mas "os restantes dos
mortos [os não-salvos] não
reviveram
até que se completassem os mil anos (v. 5). Assim, a primeira
ressurreição é parcial,
consistindo
apenas dos salvos, e a segunda ressurreição completa o quadro,
quando todos os
demais,
isto é, os não-salvos, são também ressuscitados.
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